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Governos fecham agosto com o pior deficit para o mês em 11 anos

Gasto excede arrecadação nas três esferas; resultado é pior da série

GUSTAVO PATU DE BRASÍLIA

União, Estados e municípios gastaram mais do que arrecadaram em agosto, mesmo sem considerar despesas com juros da dívida pública.

Segundo o BC, houve deficit primário de R$ 432 milhões no mês, o primeiro saldo negativo desde fevereiro e o pior já medido para agosto pela atual metodologia, iniciada em dezembro de 2001.

O Tesouro Nacional divulgara na semana passada o pior resultado para o mês desde 1996, que, pelos critérios usados pelo BC, virou deficit; Estados e municípios também fecharam no vermelho.

Permanecem remotas as chances de cumprimento, sem truques de contabilidade, da meta de poupar R$ 111 bilhões neste ano para o abatimento da dívida e para o controle da inflação.

Nos últimos 12 meses, o montante poupado foi de R$ 84,7 bilhões, mas isso inclui R$ 19 bilhões em manobras contábeis feitas em dezembro para fechar as contas de 2012.

A última esperança do governo é arrecadar acima do esperado com a reabertura do Refis, o programa de parcelamento de dívidas tributárias em condições privilegiadas.

Apesar da piora das contas dos governos, a dívida pública caiu de 34,1% para o equivalente a 33,8% do Produto Interno Bruto, o valor anual de produção e renda do país.

Isso só aconteceu em razão da alta da cotação do dólar em agosto, que elevou o valor em reais das reservas cambiais do BC --que são descontadas no cálculo da dívida.

Com o recuo do dólar em setembro, a dívida deve subir para 34,8% do PIB, segundo a estimativa do BC.

Nos primeiros oito meses, os encargos da dívida pública chegaram a R$ 163,4 bilhões, acima dos R$ 147,6 bilhões do período correspondente de 2012.

As despesas financeiras retomaram a trajetória de alta após o Banco Central passar a elevar juros, em abril, para conter a escalada da inflação.

A taxa do BC, que serve de referência para empréstimos e o rendimento das aplicações financeiras, havia sido reduzida a 7,25% ao ano, menor patamar de sua história, e agora está em 9%.


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