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Deficit no comércio externo cai para US$ 1,6 bi, após avanço de setembro
Saldo no mês passado foi positivo, de US$ 2,2 bi, o menor em 3 anos
O país registrou saldo positivo pelo segundo mês consecutivo na balança comercial, que mostra a diferença entre as importações e as exportações de bens do país.
O superavit de US$ 2,2 bilhões em setembro foi o menor em três anos, mas ficou ligeiramente acima das expectativas de mercado, cuja previsão era de US$ 2 bilhões, e deu alívio ao saldo da balança no ano, que acumula deficit de US$ 1,6 bilhão.
O deficit de janeiro a setembro ainda é bastante alto. Trata-se do maior para o período desde 1998. Vale lembrar, contudo, que esse número vem caindo --chegou a US$ 6,2 bilhões em abril.
O desempenho de setembro é, portanto, um alívio para o governo, que sempre insistiu na estimativa de superavit para 2013.
A boa notícia no mês passado veio justamente da "conta petróleo", que mede as importações e exportações de petróleo e derivados, a principal responsável pela debacle da balança comercial neste ano.
Esta conta apresenta deficit de US$ 16,5 bilhões até setembro, ante saldo negativo de US$ 2,2 bilhões no mesmo período de 2012. No total, as exportações destes produtos caíram 34% no ano. Mas, no mês passado, houve reversão dessa tendência, com as vendas crescendo 4,5%.
"Mantemos expectativa de superavit neste ano. Houve aumento da produção e das exportações de petróleo, confirmando nossa expectativa de melhora da conta petróleo, o que poderá acarretar em saldo positivo no fim do ano da balança comercial", disse Daniel Godinho, secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, sem citar números.
O BC prevê superavit de US$ 2 bilhões para o ano. Já a AEB (que representa importadores e exportadores) projeta saldo negativo de US$ 2 bilhões. Em 2012, houve superavit de US$ 19,4 bilhões.