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OSX busca opção à recuperação judicial

Empresa naval de Eike quer vender ativos para suprir caixa, com fôlego de 60 dias; OGX deixa de pagar juro a credor

Para estaleiro, seus navios valem mais que dívida; ações de petroleira sobem após queda na véspera

MARIANA SALLOWICZ DENISE LUNA DO RIO

Diante de uma situação crítica de caixa e devendo a fornecedores, a OSX, braço de construção naval do grupo de Eike Batista, busca alternativas de curto prazo ao pedido de recuperação judicial.

A companhia, em meio a negociações diárias, teria fôlego para aguardar a venda de ativos por cerca de dois meses, segundo fontes ouvidas pela Folha.

Durante esse período, a OSX conseguiria manter apenas os pagamentos essenciais, como salários. Já a petroleira do grupo, a OGX, teria o seu caixa esgotado em duas semanas e precisaria recorrer à recuperação judicial.

Caso a OSX não consiga vender seus bens no prazo, terá que fazer o mesmo.

A avaliação da companhia é que seus ativos valem mais do que as dívidas. Entre eles, os mais importantes são três navios-plataformas.

A OSX confirmou que um dos navios, o OSX-2, está em negociação em um porto na Ásia. Os outros dois estão fretados para a companhia de petróleo do grupo, a OGX.

O OSX-1 está no campo de Tubarão Azul e o OSX-3, que ficou pronto neste ano, está em Tubarão Martelo (ambos na bacia de Campos).

Em nota, a empresa informou que desconhece "decisão empresarial" sobre a adoção da recuperação judicial.

SUSPENSÃO

Os executivos da OGX haviam decidido suspender a negociação com donos de títulos de dívidas da OGX no exterior porque avaliaram que, da forma como ocorria, esse grupo seria beneficiado em detrimento de outros credores e acionistas, conforme apurou a Folha.

Ontem, a petroleira deixou de pagar cerca de US$ 45 milhões em juros sobre bônus emitidos no exterior que venceriam na data.

A empresa informou que suspendeu o pagamento por 30 dias, prazo previsto no contrato para "adotar as medidas necessárias sem que seja caracterizado o vencimento antecipado da dívida".

A OGX contratou como assessores da negociação os bancos de investimento Lazard e Blackstone.

O não pagamento dos juros, referentes à dívida de US$ 1,1 bilhão em bônus com vencimento em 2022, já era esperado pelo mercado.

As ações chegaram a cair para R$ 0,20, mas recuperaram as perdas ao longo do pregão e fecharam a R$ 0,24, com alta de 14,29%.

A agência de classificação de risco Standard & Poor's baixou a avaliação da OGX para o pior nível, D, após o não pagamento dos juros.


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