Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br

Mercado externo atrai menos e venda de etanol diminui 44% em setembro

O mercado externo de etanol não está tão favorável neste período do ano como esteve em 2012. As exportações de setembro recuaram para 296 milhões de litros, um volume 44% inferior ao de igual período de 2012.

Esses dados indicam ainda uma retração de 36% em relação ao volume de agosto, segundo o Ministério do Desenvolvimento.

Sem contratos de longo prazo, as exportações ficam à mercê das janelas de oportunidades, que não são tão boas no momento, afirma Antonio de Padua Rodrigues, diretor da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar).

Um dos motivos da queda das exportações são os preços internos, mais favoráveis do que os externos. Os dados do Consecana indicam que o valor do etanol anidro para exportação é de R$ 1,272, abaixo do R$ 1,277 do mercado interno.

Outro fator de desaceleração das vendas externas é o recuo do dólar. Menos favorável nas últimas semanas, torna o produto brasileiro menos competitivo. O etanol brasileiro perde espaço também nos Estados Unidos, principal mercado, porque houve redução das vantagens financeiras do etanol de cana em relação ao de milho.

O Brasil exportou 3,7 bilhões de litros no ano passado, mas o volume deverá recuar para 2,7 bilhões neste ano, segundo a Unica.

Se confirmada essa estimativa da entidade, ainda resta 1 bilhão de litros para ser colocado no mercado externo nos próximos seis meses, uma vez que as exportações somam 1,7 bilhão até agora.

Apenas de outubro a dezembro do ano passado, as exportações haviam atingido 1 bilhão de litros, aponta o diretor técnico da Unica.

Revisão A moagem de cana deverá ser de 587 milhões de toneladas na safra 2013/14 no Centro-Sul, 0,44% abaixo do que previa a Unica. Com isso, a produção de açúcar recua para 34,2 milhões de toneladas e a de etanol cai para 25 bilhões de litros.

Volumes A exportação de soja recuou para 3,5 milhões de toneladas em setembro, 32% menos do que em agosto. A de milho subiu para 3,4 milhões (19% mais).

Leilão O Pepro de milho (leilão de prêmio equalizador pago ao produtor rural) de ontem comercializou 453 mil toneladas das 600 mil colocadas na operação pela Conab. O produto vai para criadores de aves, suínos e bovinos e indústrias de ração.

AÇÚCAR
+1,00%
Ontem, em Nova York

PRATA
-2,46%
Ontem, em Nova York

Exportação de milho soma US$ 4,1 bilhões neste ano

As exportações do complexo soja subiram para US$ 27,5 bilhões de janeiro a setembro deste ano, 20% mais do que em igual período de 2012. O setor foi puxado pela venda de soja em grãos, que já acumula US$ 21,6 bilhões.

As carnes "in natura" também têm bom desempenho e acumulam US$ 10 bilhões no ano, 10% mais do que de janeiro a setembro de 2012.

O minério de ferro, líder isolado, rendeu US$ 23 bilhões, com pouca alteração em relação a 2012. Já o petróleo mantém forte desaceleração, acumulando apenas US$ 8,6 bilhões no ano, 45% menos do que em 2012.

Ainda entre os agrícolas, o café vai na contramão, com recuo de 16% nas receitas. O milho já soma US$ 4,1 bilhões no ano, com alta de 65%.

Biodiesel atinge produção recorde no país em julho

A produção de biodiesel atingiu o recorde de 257 milhões de litros em julho, 9% mais do que em junho.

Nos sete primeiros meses, a produção acumula 1,66 bilhão de litros, 13% mais do que em igual período de 2012.

Os dados são da Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais). Conforme as informações da associação, o Centro-Oeste lidera a produção, atingindo 42% do total nacional.

Essa boa participação é favorecida pela crescente produção de soja na região. Pelo menos 75% da produção de biodiesel vem da oleaginosa. O sebo fica com 19% e o algodão tem apenas 2% de participação. O restante vem de outras matérias-primas, como óleo de fritura, responsável por 1,2%.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página