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Mercado

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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br

Oferta menor faz preço da carne suína subir

A ceia de Natal do brasileiro vai ficar mais salgada. Pelo menos é o que deve ocorrer com as carnes, principalmente com a suína. Haverá uma redução na oferta e um ajuste firme nos preços.

Segundo Jurandi Soares Machado, diretor da Abipecs (Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína), a produção deve cair em torno de 2% neste ano, devido à baixa natalidade dos suínos no verão e ao aumento da mortalidade no inverno.

O resultado foi uma elevação nos preços, que já atingem R$ 73 por arroba no mercado paulista, repetindo os valores do início deste ano.

Após um período de forte desaceleração, a arroba de suíno recuou para até R$ 47 em abril, segundo levantamento da Folha.

Esse preço foi consequência da queda nas vendas devido à migração do consumidor para a carne de frango, também em baixa nesse período do ano.

O cenário de produção pode não ser revertido em 2014, quando a oferta de carne ainda será limitada. Mas Machado acredita que a partir de 2015 a oferta crescerá devido aos investimentos que serão feitos pelas indústrias.

Esses investimentos não se restringirão apenas às grandes, mas também serão feitos por pequenas e médias.

As empresas começam a se preparar não só para uma eventual expansão de mercado mas também para atender aos japoneses, que abriram as portas ao produto brasileiro recentemente.

Segundo Rui Vargas, presidente da Abipecs, o Japão vai, inclusive, mudar o perfil de consumo interno, uma vez que exige cortes diferenciados de carne suína.

O processo será semelhante ao da avicultura, que desenvolveu novos produtos demandados pelos japoneses e passou também a vendê-los no mercado doméstico.

As exportações de carne suína estão previstas em 560 mil toneladas neste ano, segundo a Abipecs. Esse volume, no entanto, pode não ser alcançado devido à queda na oferta de produto.

Além disso, os preços internos estão mais favoráveis do que os praticados em alguns mercados para os quais o Brasil exporta.

Hoje, os melhores mercados em termos de preço para o Brasil são Hong Kong, Ucrânia e Rússia.

Etanol de milho É de R$ 18 milhões o investimento para a montagem de uma usina de etanol de milho, com capacidade de moagem de 500 toneladas por dia e que opere na entressafra da cana (105 dias por ano).

Investimentos Se a usina for para a utilização de apenas milho, e processar 500 toneladas ao dia durante 330 dias, o investimento seria de R$ 45 milhões. A usina mista poderia pagar até R$ 20 por saca de milho, e a exclusiva de milho, R$ 18.

Ainda pouco Os dados são do Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária). Se as oito usinas ativas do Estado de Mato Grosso usassem 500 toneladas por dia, seriam utilizados 1,3 milhão de toneladas do grão ao ano. O Estado produz 22 milhões de toneladas.

Parcerias O produtor e senador Blairo Maggi diz que uma das saídas para a construção de usinas de etanol de milho é a reunião de vários produtores.

Máquinas As vendas de tratores já se aproximam de 51 mil unidades neste ano no mercado interno. Esse volume supera em 23% o de janeiro a setembro do ano passado.

Ainda maior A evolução das vendas de colheitadeiras é ainda maior, com crescimento de 56%. Foram comercializadas 5.650 unidades até setembro.

DE OLHO NO PREÇO

Cotações

Mercado interno

Arroz
(R$ por saca)34,23

Boi
(R$ por arroba)109,00

Chicago

Soja
(US$ por bushel)12,74

Milho
(US$ por bushel)4,39


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