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Ex-banco JBS, Original quer também fatia empresarial

Meta é ir também ao varejo e ser 'completo'

TATIANA FREITAS DE SÃO PAULO

Com origem no setor de agronegócios, o Banco Original deu o primeiro passo para a diversificação ao anunciar, ontem, a sua estreia no segmento empresarial.

"No longo prazo, pretendemos atuar como um banco completo", disse Giuseppe Paternostro, diretor-executivo de crédito do Original.

A estratégia também inclui as áreas de varejo, de investimentos e de seguros.

Criado em 2008 com foco na pecuária, o então Banco JBS, que ainda pertence à família controladora do frigorífico, foi rebatizado em 2011, quando comprou o banco Matone, tradicional no Sul.

No mesmo ano, recebeu um aporte do FGC (Fundo Garantidor de Créditos) estimado pelo mercado em R$ 1,5 bilhão, contribuindo para elevar o seu patrimônio líquido para os R$ 2 bilhões atuais.

Desde então, diversas hipóteses foram levantadas para o novo perfil do banco --de compra de participações em empresas ao varejo. A decisão foi começar pela área empresarial devido à oportunidade de mercado.

"As empresas médias crescem a uma taxa de dois dígitos, o que cria necessidade de crédito", afirma Matheus Oliveira, diretor-executivo de corporate do Original. Ele lembrou que, do estoque de crédito de R$ 2,5 trilhões, metade vai para pessoa jurídica.

O alvo do banco são empresas com faturamento anual acima de R$ 300 milhões.

A baixa alavancagem favorece a expansão. O índice de Basileia (indicador de solvência) do banco está em 83,7%, muito acima do mínimo exigido de 11% --o que significa que, para R$ 100 emprestados, pelo menos R$ 11 devem ser de capital próprio.

"A possibilidade de crescimento é enorme", diz Oliveira. A carteira de crédito do banco hoje soma R$ 1 bilhão, do qual 50% já tem como origem o segmento empresarial --a captação de clientes começou no início deste ano.

Para reduzir o risco de inadimplência, Oliveira diz que o banco aposta em seu grupo de 50 profissionais dedicados exclusivamente à área corporativa. "Para nós, os clientes não são novos", diz o executivo que já passou por Citibank, Bank Boston e Safra.

Para montar o time, o banco teve a ajuda do ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, à frente do conselho administrador da J&F, que controla o Original.


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