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Bolsa alternativa aposta em interesse por moeda virtual

Second Market levanta dinheiro para fundo que aplicará apenas em bitcoins

Bolsa que permite compra de ações de empresas de capital fechado está buscando diversificar atividade

DO "NEW YORK TIMES"

A Second Market, uma Bolsa de Valores alternativa nos Estados Unidos, ganhou fama ao permitir a compra de ações de companhias procuradas por investidores, mas cujo capital ainda é fechado.

Agora que essas empresas começam a abrir seu capital, a Second Market está voltando sua atenção às bitcoins. A Bolsa alternativa começou a levantar dinheiro para um fundo de investimento--o primeiro desse tipo nos Estados Unidos--que aplicará seu capital apenas em bitcoins, moeda geralmente negociada somente em Bolsas online, não regulamentadas, sediadas no exterior.

"Se você conversar com pessoas que tentaram adquirir bitcoins, descobrirá que o processo é difícil, é confuso, é assustador", diz Barry Silbert, presidente-executivo da Second Market. "Queremos fazer das bitcoins uma classe acessível de ativo."

A incursão da Second Market nas transações com bitcoins representa o mais recente esforço de levar a moeda virtual aos mercados convencionais. Mas também deve alimentar o debate sobre a legitimidade e a legalidade de uma forma de moeda que existe fora do sistema bancário convencional e que já atraiu escrutínio por ser usada em transações ilícitas.

Criadas em 2009 por um indivíduo, ou grupo, que usava o nome Satoshi Nakamoto, mas cuja identidade real é desconhecida, as bitcoins existem apenas em forma digital e podem ser adquiridas via internet, com dinheiro tradicional. O estoque de bitcoins em circulação é ampliado por programadores.

Embora as bitcoins sejam aceitas como forma de pagamento por um grupo pequeno mas crescente de empresas, elas são em geral território reservado a especuladores, alguns dos quais atraídos pelo seu potencial como alternativa às moedas nacionais. O destino das bitcoins acompanha, no mundo pós-crise financeira, o interesse pelo ouro, outro ativo que atrai investidores céticos quanto à política monetária adotada pelos principais bancos centrais.

"Ela ainda está no ponto em que o valor é decidido por aquilo que o próximo a comprar estiver disposto a pagar", diz Brian Riley, diretor sênior de pesquisa da CEB TowerGroup. "Embora as bitcoins tenham atrativos para quem gosta de manter uma imagem ousada, ainda não são o lugar certo para investimentos de aposentadoria."

Silbert, que criou a Second Market em 2004, construiu seu negócio ao operar mercados para investimentos inacessíveis e de risco, como o de empresas que ainda não abriram capital. Por seu intermédio, funcionários de empresas de capital fechado podem vender suas ações a investidores.

Esse tipo de transação obteve crescimento explosivo nos últimos anos devido ao boom nos sites de redes sociais, o que provocou disparada nas avaliações de startups como Facebook, Twitter, Groupon e Zynga.

Agora que todas essas companhias abriram seu capital ou anunciaram a intenção de fazê-lo, existem questões sobre como a Second Market e mercados comparáveis se adaptarão.

A SharesPost, concorrente da Second Market, fechou parceria com a Nasdaq para obter maior visibilidade para o mercado de ações de companhias de capital fechado.


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