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Banco Central tem aval do Planalto para levar Selic para dois dígitos

Análise é que inflação traria mais danos a Dilma na eleição de 2014 do que juros altos

Expectativa é taxa Selic seja elevada hoje em 0,5 ponto percentual, para 9,5% anuais, e feche este ano em 9,75%

VALDO CRUZ SHEILA D'AMORIM DE BRASÍLIA

O Banco Central tem o aval do Palácio do Planalto para elevar a taxa de juros, que deve subir hoje de 9% para 9,5% ao ano, para a casa dos dois dígitos caso a inflação indique que não seguirá recuando nos próximos meses.

A avaliação do governo é que uma inflação em alta causa mais estragos para a imagem da presidente Dilma que a elevação da taxa Selic, referência para o mercado.

Nesse contexto, a equipe presidencial considera que a política monetária do BC deve garantir que a inflação continue recuando nos próximos meses e, principalmente, em 2014, ano da campanha da reeleição de Dilma.

A expectativa da equipe econômica é que a inflação de setembro, que será divulgada hoje, fique na casa de 0,35%, fazendo o índice acumulado em doze meses recuar dos 6,1% encerrados em agosto para 5,9%.

A meta do BC é fazer a inflação deste ano ficar abaixo da do ano passado, de 5,84%.

CÂMBIO

O governo acredita que o câmbio mais comportado vai deixar de pressionar a inflação. O dólar, que chegou a superar R$ 2,30, agora recuou para a faixa de R$ 2,20.

Nesse cenário, o Planalto acredita que a Selic pode encerrar o ano abaixo dos dois dígitos, no máximo em 9,75%.

Assessores presidenciais reforçam, porém, que a volta da Selic ao patamar de dois dígitos deixou de ser tabu dentro do Planalto, principalmente diante de um cenário econômico de muita incerteza pela frente no exterior.

O BC vem enfatizando o compromisso de buscar se aproximar o máximo possível do centro da meta (4,5%), mas ainda sofre com a perda de credibilidade da área econômica do governo.


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