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Análise
Juro em alta exige mais cautela nos empréstimos
Nova Selic se reflete no crédito em geral; pesquise antes de contratar
O novo aumento do juro básico (a taxa Selic) na semana passada --de 9% ao ano para 9,5% ao ano--, o quinto seguido, foi medida importante para manter a estabilidade econômica do país e também para alcançar um crescimento em longo prazo.
Nesse propósito, provavelmente haverá mais uma alta de 0,5 ponto percentual da taxa na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) em novembro, o último encontro do ano.
Com o aumento da Selic, porém, todas as demais taxas de juros do mercado acompanham o movimento e sobem.
Para quem poupa, a alteração é positiva, pois aplicações de renda fixa como CDBs (Certificados de Depósito Bancários) pós-fixados, fundos DI e letras financeiras do Tesouro pagam mais.
Já para os tomadores de empréstimo, a situação é oposta. Com o novo aumento da Selic, deve haver alta média de 0,4 ponto percentual para as taxas de juros no mercado tanto para pessoas físicas quanto para empresas.
Os juros do cheque especial e do cartão de crédito, por exemplo, terão alta provável de 0,4 ponto percentual ao mês, para 7,85% e 9,41% ao mês, respectivamente.
Por isso, tornam-se ainda mais interessantes outras modalidades de crédito mais baratas, como o empréstimo consignado,com taxa próxima a 2% ao mês e parcelas descontadas diretamente da folha de pagamento.
Vale ressaltar, no entanto, que, como o "spread" brasileiro (diferença entre a taxa de juros cobrada dos tomadores de empréstimo e a taxa paga aos depositantes) está entre os mais altos do mundo e há muitas variações entre os bancos, é preciso pesquisar quais instituições estão praticando as menores taxas antes de solicitar qualquer modalidade de crédito.
