Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Na véspera de calote, EUA esperam ter no máximo solução provisória

Crise voltaria em fevereiro; impacto de default seria "duradouro"

RAUL JUSTE LORES DE WASHINGTON JOANA CUNHA DE NOVA YORK

Com só mais um dia de prazo, uma solução de curtíssimo prazo é o máximo que o governo dos EUA espera aprovar até amanhã para evitar o calote de sua dívida e retomar suas atividades, parcialmente paradas pela falha do Congresso em aprovar o Orçamento do ano fiscal de 2014.

Projetos propostos pela oposição republicana (majoritária na Câmara) e pelo governo democrata (que controla o Senado) não desfazem divisões e adiam por poucos meses os impasses. Um novo Orçamento teria que ser votado até dezembro e o novo teto da dívida, até fevereiro.

Pela incerteza persistente, a agência de classificação financeira Fitch colocou ontem a dívida dos EUA em "avaliação negativa", um passo antes do rebaixamento.

A liderança da Câmara decidiu ontem ignorar o acordo da véspera entre governo e oposição no Senado e criar um novo projeto, voltando a insistir em mudar o plano de saúde --o que a Casa Branca equiparou a cobrar um resgate para destravar o governo.

A falta de cooperação entre as duas casas derrubou as Bolsas nos EUA e adiou em mais um dia a resposta ao possível calote da dívida. Com o limite estourado e sem aval do Congresso para contrair novos empréstimos, o Tesouro calcula que pode ficar sem dinheiro para pagar as contas já amanhã.

Analistas ouvidos pela Folha dizem que os efeitos de um "default" seriam "incalculáveis e duradouros", bem além do atraso imediato de aposentadorias e tíquetes-alimentação para os mais pobres e do aumento dos juros pagos pelo governo no país.

A confiança de consumidores e empresários ao redor do mundo seria abalada. Segundo o FMI, 62% das reservas internacionais de todos os bancos centrais são em dólar. China e Japão, maiores credores externos dos EUA com 43% dos títulos em mãos estrangeiras, além de Brasil (4,6%), Taiwan, Bélgica e Suiça seriam afetados.

Há, porém, otimistas. A consultoria HFE estima que a solução será alcançada e cita o histórico recente de acordos de última hora para justificar -- algo que seu economista-chefe, Jim O'Sullivan, diz já estar na conta de Wall Street.

"Não acreditamos que o Congresso será irresponsável a ponto de desencadear um default ou uma recessão."


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página