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Pré-sal em leilão
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Disputa detona operação de guerra nas ruas e na Justiça
Até a noite de ontem, Justiça recebeu 24 pedidos contra o leilão; 18 caíram
Área onde acontece o evento, na Barra da Tijuca, será bloqueada; Marinha e Exército integram segurança
O clima de disputa levantado pelo leilão do campo de Libra fez com que o governo montasse uma operação de guerra para assegurar o evento, seja no esquema de segurança, seja no plantão contra tentativas de derrubar o certame na Justiça.
Uma força-tarefa da AGU (Advocacia-Geral da União) monitora, desde sexta-feira passada, pedidos de suspensão do leilão do pré-sal. Até a noite de ontem, 24 já haviam sido apresentados; o governo obteve decisões favoráveis em 18 e aguardava o resultado nas outras 6.
Como as ações foram apresentadas no Rio de Janeiro, São Paulo, Distrito Federal, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Sul e na Bahia, a AGU computa como decisão favorável não só aquela em que o juiz nega o pedido de suspensão do leilão, mas também os casos em que a decisão é remeter os autos para o Rio, onde o primeiro processo contra a concorrência foi apresentado e negado.
EXÉRCITO NA RUA
Desde ontem, homens do Exército montavam guarda na Barra da Tijuca, onde fica o hotel Windsor Barra, local do leilão, equipados com escudos, armas e capacetes.
Uma embarcação da Marinha patrulhava a costa.
Ao todo, 1.100 homens devem participar do esquema de segurança, entre militares, policiais e funcionários públicos. A principal preocupação é a de que ocorram manifestações violentas.
Grupos que usam a tática black blocs estão convocando pelas redes sociais um ato unificado a partir das 10h, na praia da Barra da Tijuca.
A avenida Lúcio Costa, que passa em frente ao hotel, ficará aberta apenas para pessoas credenciadas para o leilão e moradores da região.
O acesso à areia da praia em frente ao hotel também estará proibido.
Durante o dia de ontem, petroleiros que entraram em greve em protesto contra o leilão de Libra mantiveram, pelo quarto dia a paralisação.