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Pré-sal em leilão

Mesmo sem Libra, petróleo vai liderar atração de recursos

Setor deve receber R$ 458 bilhões de 2014 a 2017, alta de 47% em relação a 2009-2013, segundo estudo do BNDES

Maior montante de investimentos será para perfuração de poços e contratação de plataformas para extrair petróleo

PEDRO SOARES DO RIO

Mesmo sem contabilizar ainda os investimentos necessários para desenvolver o campo gigante de Libra, a ser licitado hoje no primeiro leilão do pré-sal, o setor de petróleo e gás será líder na atração de investimentos na indústria de 2014 a 2017, segundo mapeamento do BNDES.

É um dos setores da indústria com maior expansão prevista para os investimentos e o único ligado às commodities a apresentar preceptivas melhores para os próximos quatro anos --quando deverá receber R$ 458 bilhões, com alta de 47% em relação ao período de 2009-2013.

A cifra prevista reúne investimentos em exploração e produção de óleo e gás, refino, distribuição e logística.

O maior montante, porém, virá do investimento em perfuração de poços e contratação de plataformas para extrair petróleo.

Segundo o BNDES, o número já abarca uma parcela, ainda que pequena, dos recursos destinados ao do pré-sal principalmente do campo de Lula, na bacia de Campos, que já produz óleo.

O campo de Libra não entrou nos cálculos porque não existe nem um concessionário nem um plano de negócios para explorar a área.

Para Fernando Puga, técnico do BNDES, o "grande motor" dos investimentos do setor será a área de exploração e produção, com a perspectiva de aumento dos aportes de recursos nas áreas do pré-sal, mesmo sem Libra entrar ainda na conta. Em seguida, aparece a área de refino.

O mapeamento foi feito, diz, com base nos pedidos de empréstimo ao BNDES e nos planos de negócios das empresas do setor, especialmente da Petrobras.

Puga avalia, ao contrário de muitos analistas, que os recentes problemas de caixa da Petrobras e o represamento do reajustes da gasolina (que reduz o faturamento potencial da empresa) não serão problema para cumprir o "ambicioso" plano de investimentos da estatal.

O técnico diz que "a companhia tem feito captações externas e vendido ativos no exterior" para levantar os recursos necessários para tocar seus projetos.

À Folha, a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, disse que a "companhia não enfrenta problemas de caixa, não tem atrasado pagamentos e não tem dívidas com seus fornecedores e prestadores de serviços" --fatores que poderiam sugerir uma dificuldade na execução dos projetos.

Outro setor com bom desempenho, apesar da invasão de importados e do cenário ruim de preços, é o químico, cujos investimentos previstos devem crescer 20% e atingir R$ 24,8 bilhões de 2014 a 2017.

Uma parte dos projetos da Petrobras são inseridos na indústria química, como o Comperj, complexo petroquímico em construção no Rio cuja matéria-prima será o gás do pré-sal. O gás será usado no polo para produzir insumos destinados à fabricação do plástico.


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