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Dilma defende manutenção de modelo de leilão de Libra

Técnicos de Petrobras e ANP e membros do governo, porém, falam em ajustes

Para assessores do governo, resultado reforça necessidade de reajustar combustíveis até o fim deste ano

TAI NALON FLÁVIA FOREQUE VALDO CRUZ DE BRASÍLIA

A presidente Dilma Rousseff atacou ontem os críticos do modelo de partilha de produção, usado no leilão do Campo de Libra, e negou que o governo pretenda fazer ajustes nas novas regras.

"Eu não vejo onde esse modelo precisa de ajustes. Sabe por quê? Porque aqueles que são contra o conteúdo local querem transferir a riqueza do pré-sal por outra forma para o exterior", disse ela.

Dentro do governo, porém, assessores presidenciais admitem que será preciso avaliar eventuais ajustes no modelo, mesma posição defendida por técnicos da ANP.

Técnicos da Petrobras gostariam de alterar a obrigatoriedade de a estatal ser a operadora exclusiva do pré-sal e ter no mínimo 30% de todos os campos da área.

Segundo eles, o ideal seria que essas regras fossem opcionais, principalmente nos próximos leilões, que devem envolver áreas menores e de risco de exploração maior.

A estatal enfrenta problemas de caixa e, para assessores do governo, o resultado do leilão reforça a necessidade de a gasolina ser reajustada até o fim deste ano.

A Petrobras, que já vinha pressionando por reajuste, sofrerá pressões adicionais de caixa com a obrigação de ter que bancar parcela do bônus do leilão e também diante dos investimentos que terá que fazer no megacampo.

Em entrevista ontem, Dilma afirmou que o modelo de partilha "tem o mérito" de garantir que 85% da renda do petróleo de Libra ficará com o Estado brasileiro.

"Não tem por que modificar conteúdo nacional. Não tem por que modificar o papel da PPSA [estatal do pré-sal]. A PPSA controla o custo do óleo. Não tem por que tirar os 30% da Petrobras."

DISPUTA SATISFATÓRIA

Ela classificou o resultado do leilão como "um sucesso" e disse estar "bastante satisfeita" com a concorrência, embora um único consórcio tenha participado --e venceu pelo preço mínimo.

Dilma reclamou de informações repassadas à imprensa. "Fico intrigada, muitas vezes acordo de manhã e pergunto a mim mesma: quem é essa fonte do Planalto? Quem é essa fonte do governo?"

Em tom irônico, acrescentou que, "um dia desses", fez essa pergunta a seus "botões". Mas disse que "são, assim, muito ignorantes, não conseguem me responder".

Governo diz que Petrobras tem caixa para pagar sua parte no contrato de Libra
folha.com/no1360593


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