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FMI foi incoerente ao criticar o governo, afirma Mantega

Ministro defende estímulos adotados e diz que Fundo era a favor da medida

Para ele, equipe técnica que escreveu o relatório sobre o Brasil não está afinada com a direção do organismo

MARIANA SCHREIBER DE BRASÍLIA

O ministro Guido Mantega (Fazenda) rebateu ontem as críticas do Fundo Monetário Internacional à política fiscal brasileira, afirmando que o FMI é incoerente ao criticar os estímulos do governo.

O ministro lembrou que o Fundo defendeu a adoção, pelos governos, de medidas que dessem impulso à economia após a crise global que eclodiu em 2008.

"Quando essa crise estourou, o FMI se uniu a nós no G20 [grupo das maiores economias] para dizer que era preciso que os países dessem estímulos fiscais", afirmou Mantega, dizendo que a crise "não acabou até hoje".

Relatório do FMI sobre o Brasil divulgado anteontem diz que o "excessivo microgerenciamento na política fiscal enfraqueceu a credibilidade do modelo fiscal de longo prazo" e reduz a expectativa de crescimento potencial.

Mantega disse que a maioria dos países deu estímulos fiscais em 2009 e que isso provocou uma recuperação da economia em 2010.

No ano seguinte, ressaltou, houve novo esfriamento da atividade internacional e o Brasil manteve os estímulos, enquanto os europeus mudaram sua política e acabaram em recessão.

"E o Fundo Monetário continuou reclamando, continuou dizendo olha, os países avançados exageraram no ajuste fiscal, é preciso compatibilizar ajuste fiscal com alguns estímulos'. Então, me parece totalmente incoerente esse relatório [com críticas ao Brasil]", acrescentou.

DESAFINADO

Para Mantega, a equipe técnica que escreveu o relatório sobre o Brasil não está afinada com a direção do organismo com sede nos EUA.

Sem precisar quando, o ministro da Fazenda afirmou que o economista-chefe do Fundo, Olivier Blanchard, se manifestou positivamente em relação ao Brasil, elogiando a capacidade do país em resistir a problemas causados pela instabilidade mundial como a flutuação do câmbio e a fuga de capitais.


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