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Para estudantes, país ainda está em alta

DA ENVIADA A BARCELONA

No início da manhã de um sábado em Barcelona, jovens na faixa dos 30 anos de terno e gravata trocaram a festa da noite anterior pela fila para assistir a palestras de empresas brasileiras.

Prestes a concluírem cursos de MBA que chegam a custar € 66 mil (R$ 193 mil) e os tornam disputados no mundo, eles buscavam uma vaga no mercado brasileiro.

"Os MBAs das escolas top da Europa são exigentes, porque investiram muito dinheiro no curso e sabem que receberão boas propostas", disse o organizador da Feira, o brasileiro Felipe Giansante, que montou o evento ao perceber o interesse dos colegas pelo mercado brasileiro.

"Fizemos esta ponte entre empresas e estudantes porque achamos que, para quem tem MBA, o melhor lugar para estar agora é o Brasil."

Brasileiros que participavam da feira concordaram.

"Como a economia está muito boa, é melhor do que ficar aqui na Europa. Quem é brasileiro e veio estudar aqui vê isso", disse a paulista Joana Fratini, 30, que concluiu um MBA na Esade (Escola Superior de Administração e Direção de Empresas) e recebeu proposta da Votorantim.

Após fazer faculdade e seguir carreira nos EUA, Fratini quis provar o mercado europeu e foi selecionada para um MBA da Espanha. No curso, contou, percebeu ser mais vantajoso ir para o Brasil.

"O mercado daqui encolheu um pouco com a crise e, além disso, há muitas espanholas com negócios no Brasil, por isso o interesse no país aumentou muito por aqui", disse o administrador carioca Gustavo Câmara, 31, que trabalha com private banking no Brasil e termina um MBA em Barcelona.

Na apresentação da Latam aos jovens, os 60 lugares da disponíveis na sala foram rapidamente ocupados.

Nela, os estudantes engravatados ouviam de diretores e gerentes com traje casual promessas de crescimento do mercado brasileiro, apesar do prejuízo da companhia no segundo trimestre do ano.

"Na Espanha você ainda pode conseguir trabalho com a nossa qualificação, mas não há perspectiva de uma boa posição em quatro, cinco anos", disse o engenheiro civil Florián Pariente, que vive do sul da Espanha. "Isso eu vejo no Brasil."


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