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Luxo deixa a Oscar Freire e volta para ela

Rua perde algumas de suas lojas mais exclusivas, mas minishopping que abre em 2015 já atrai outras supergrifes

Inauguração de lojas de fast fashion faz crescer movimento de cafés e restaurantes; mercado no país gira US$ 13 bi

MARIANA BARBOSA DE SÃO PAULO

A região da Oscar Freire, nos Jardins, está mudando de cara e vai mudar ainda mais.

Algumas marcas luxuosas e que há mais de uma década fazem da região a "Fifth Avenue" brasileira saíram nos últimos dois anos e foram buscar abrigo em "templos do luxo" como os shoppings Cidade Jardim e JK Iguatemi.

Saem Christian Dior, Cartier e Ferragamo (esta última fecha as portas nesta semana) e entram grifes de moda mais acessível, que trazem mais fluxo e fazem a alegria de cafés e sorveterias.

"Não há motivos para pessimismo, a região da Oscar Freire está mudando de perfil e é para melhor", diz Anthony Selman, chefe de varejo da Cushman & Wakefield em São Paulo, que presta consultoria imobiliária para redes estrangeiras.

A popular Riachuelo inaugura uma loja-conceito na Oscar Freire no primeiro trimestre de 2014. Marcas internacionais de moda acessível, como Forever 21, H&M e Top Shop, também dariam tudo por uma vitrine na região.

"Estamos recebendo a Riachuelo de braços abertos. A mistura de marcas mais acessíveis com as internacionais de luxo é muito saudável", diz a presidente da Associação dos Lojistas da Oscar Freire, Rosângela Lyra, que acaba de deixar o comando da operação da Dior Brasil.

Mesmo com Riachuelos e afins, a região segue muito atraente para o alto luxo. Essas grifes estão em compasso de espera, aguardando a inauguração do Cidade Jardim Shops, empreendimento da JHSF que abrigará mais de 50 lojas em 5.000 m².

O espaço será totalmente integrado ao Hotel Fasano, com vitrines para as ruas Sarandi, Haddock Lobo e Vittorio Fasano.

As obras começam no ano que vem, com inauguração prevista para o início de 2015. Estarão presentes marcas como Dior, que saiu no início do ano da Haddock Lobo, e Hermès, que vai estrear na região.

A Louis Vuitton, que fica localizada praticamente em frente ao novo shopping, vai só atravessar a rua.

LUXO CRESCE

O mercado de luxo brasileiro movimenta algo como US$ 13 bilhões. As estatísticas confiáveis são escassas, mas executivos do setor estimam alta de 8% neste ano.

"É menos que em anos anteriores, mas é expressivo diante do baixo crescimento do país", diz o professor do MBA de Gestão do Luxo da FAAP, Sílvio Passarelli.

Enquanto o minishopping não fica pronto, Cidade Jardim e JK Iguatemi disputam as grandes marcas internacionais com alugueis camaradas e facilidades como reforma das lojas.

Segundo Selman, isso explica o tamanho de algumas dessas lojas de luxo, como uma Louis Vuitton de cerca de 1.500 m² no Cidade Jardim, ou uma Dolce&Gabanna com quase 700 m² no JK.

Na sua avaliação, muitas dessas lojas estão superdimensionadas, e a tendência é que tenham seus tamanhos reduzidos para dar espaço para outras marcas, sobretudo no JK.

Esse movimento já aconteceu e segue acontecendo no Cidade Jardim. Em breve, a Livraria da Vila, que desde a abertura ocupa quase 2.000 m², vai para um espaço de cerca de 1.000 m² no andar dos restaurantes. A Folha apurou que o desejo da JHSF era atrair uma marca como a sueca de fast fashion H&M --mas esta preferiu estrear na Paulista e focar na classe C.


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