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'Personal shoppers' levam as roupas até você
DE SÃO PAULOQuem passa pelo andar das lojas de alto luxo dos shoppings Cidade Jardim e JK Iguatemi tem a impressão de que elas não vendem nada. É raro entrar uma alma.
Mas o fato de não ter fluxo não significa que as lojas não estejam vendendo. Num mercado em que a personalização é tudo, as sacolas vão até você. É o delivery' do luxo.
As marcas mandam produtos em consignação para as clientes experimentarem no conforto do próprio closet.
Os produtos também são levados por intermédio de "personal shoppers" ou "personal stylists". São profissionais que escolhem o figurino para cada ocasião e também fazem as compras por elas.
As grifes e os shoppings amam e mimam essas profissionais, que contam com passe livre nos estacionamentos e acesso privilegiado às novas coleções. São nomes como Moema Belleza, Ucha Meirelles e Lula Romero, todas ex-dasluzetes.
"Sou muito bem tratada. Quando fico doente, todos me ligam pra saber como estou", diz Romero, 40, que trabalhou cinco anos como vendedora e produtora de roupas na Daslu, loja de grifes de luxo de São Paulo.
A consultora não revela nomes de clientes, mas diz que são executivas ou empresárias que trabalham e viajam muito e não têm tempo de ir ao shopping. "Não são mulheres fúteis que não fazem nada. Essas têm tempo de fazer compras."
Romero está nesse ramo há sete anos e diz conhecer "de cor o closet" das clientes.
"Levo peças que sei que vão misturar bem com o que elas já têm."
As "personal stylists" também ajudam a fazer as malas e a preparar a "arara da semana". "Elas me passam a rotina da viagem, de compromissos; monto o look para cada ocasião, fotografo e mando por WhatsApp [aplicativo de mensagens por celular]".
Estima-se que haja umas 300 pessoas, entre vendedores, gerentes ou estilistas atuando nesse mercado com Daslu no currículo.
