Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Finanças Pessoais

Planeje o futuro das crianças e presenteie com o hábito de investir

A chegada de uma criança é uma alegria, uma bênção e, ao mesmo tempo, uma grande responsabilidade.

O casal planeja com antecedência essa que será, provavelmente, a decisão mais importante de sua vida: colocar uma criança no mundo, evento que mudará sua rotina para sempre.

Quando não planejada, essa mudança gera ansiedade, mas ainda assim não deixa de ser uma alegria. Se forem gêmeos então, alegria e preocupação em dose dupla!

O orçamento da família se ajusta para acomodar novas e diferentes despesas. O plano de saúde foi feito com a antecedência necessária para proteger a gravidez, o parto, o pediatra. A moradia é repensada para abrigar a família expandida.

Amar incondicionalmente, ensinar valores que serão determinantes na vida do filho, influenciar pelo exemplo que será lembrando e agradecido no futuro são condutas valiosas que o dinheiro não paga. Tudo mais custa dinheiro, e não é pouco.

É antiga a tradição das famílias brasileiras de presentear as crianças com uma poupança para garantir seus estudos. Como o orçamento dos pais já está sobrecarregado com as despesas da chegada do bebê, não é raro que os avós tomem a iniciativa.

COFRINHO

Desperta o hábito de guardar dinheiro que será usado mais tarde para realizar um desejo da criança.

Vale pelo incentivo visual de ver a quantidade de dinheiro, provavelmente moedas, se acumulando.

Com a idade e maior capacidade de compreensão, a criança vai gostar da ideia de investir o dinheiro. O pagamento de juros pelos pais ou responsáveis para premiar a disciplina de poupar será muito bem-vinda.

POUPANÇA

Antigamente, a forma tradicional de iniciar a acumulação de dinheiro para uma criança se dava com a abertura de uma caderneta de poupança. Ela era aberta em nome da criança para depósitos mensais ou esporádicos.

A movimentação dessa conta era feita manualmente em uma caderneta física que ficava em poder do adulto responsável e registrava a data dos lançamentos de débito, crédito, rendimentos e saldo.

Exceto pelo fato de que a caderneta foi substituída por extratos eletrônicos, a poupança continua sendo uma maneira fácil e descomplicada de poupar sistematicamente, qualquer que seja o valor disponível.

PLANOS DE PREVIDÊNCIA

Os tempos mudaram e novos produtos financeiros foram criados para viabilizar a acumulação de dinheiro de forma segura e remunerada, gerando valor para o capital aplicado, coisa que os tradicionais cofrinhos não fazem.

Foram criados os planos de previdência privada, produtos destinados a acumulação de recursos de longo prazo visando principalmente acolher os depósitos dos que querem juntar dinheiro para o período da aposentadoria, gerando renda complementar ao da previdência social.

Para incentivar esse hábito, o governo concede incentivos fiscais a esses produtos, que têm regime de tributação diferenciado.

Os planos de previdência podem ser utilizados para acumular dinheiro para a educação dos filhos, netos, sobrinhos e afilhados, concorrendo diretamente com a boa e antiga poupança, pois agregam alguns atributos que não são encontrados em outros produtos financeiros.

É preciso, porém, conhecer muito bem o funcionamento desses planos para que os benefícios sejam explorados corretamente sem gerar perdas ou equívocos pelo não entendimento das regras do jogo.

Diferentemente dos investimentos tradicionais, os planos de previdência oferecem incentivo fiscal para os planos do tipo PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e permitem ao contribuinte escolher o regime de tributação: o que aplica a tabela progressiva de alíquotas e o regime de tributação exclusiva na fonte, que aplica a tabela regressiva de alíquotas.

Estratégia via PGBL: deduzir, com caráter de diferimento, o pagamento do IR sobre até 12% da renda tributável e optar pelo regime de tributação definitiva. Assim, depois de dez anos a contar da data de cada depósito, o imposto a pagar será de 10%.

O responsável paga menos imposto hoje adiando o pagamento para a data do resgate. E reduz a alíquota de 27,5% para 10%! Atenção dobrada: (1) no resgate, o imposto incide sobre todo o valor (capital mais juros); (2) o menor de idade deve ser, necessariamente, dependente legal da pessoa que fez a aplicação no PGBL.

Se a criança é dependente do pai, a avó que presenteia o neto, por exemplo, não poderá se beneficiar desse diferimento fiscal.

Estratégia via VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre): optar pelo regime de tributação definitiva para pagar somente 10% de imposto de renda. Se o resgate for feito antes de dez anos, a alíquota será punitiva (entre 35% e 10% a cada dois anos) e muitos vêm essa penalidade como um incentivo para não resgatar o dinheiro antes do período planejado.

Atenção sempre: verifique se os custos --taxa de administração e taxa de carregamento-- dos planos de previdência são compatíveis com os custos de outras formas de acumulação de riqueza.

Escolha o produto que coloca mais dinheiro no bolso dessa criança no momento do resgate. De nada adianta pagar menos imposto e assumir custos que anulam eventual vantagem tributária.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página