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Rebaixamento não deve afetar selo de bom pagador

Agências de 'rating' mantêm país a dois degraus de investimento de risco

Única a ameaçar rebaixar o país, agência S&P afirma que chance de isso ocorrer em dois anos é de 33%

DE SÃO PAULO

Mesmo que uma das agências de risco reduza a avaliação do Brasil, o país está longe de perder o grau de investimento, espécie de selo de bom pagador de sua dívida.

Nas três grandes agências --Standard & Poor's, Moody's e Fitch--, o país está dois "degraus" acima de ter seus papéis considerados um investimento especulativo, com chances reais de calote.

Entre as agências de risco, apenas a americana Standard & Poor's colocou o Brasil em perspectiva negativa, o que significa que pode, de fato, rebaixar a avaliação do país.

Isso aconteceu em junho, quando a chance de o país ser rebaixado era de 33% em um prazo de dois anos. E isso se surgir algum fato material, como deterioração significativa das contas públicas ou perda de credibilidade, que justifique a mudança.

A Moody's retirou, no mês passado, a perspectiva de elevar a avaliação do Brasil (até então, a chance era de melhora), atribuindo a decisão à piora ou à estagnação de dados fiscais e econômicos. Já a Fitch reafirmou, em julho, a avaliação que tinha do país.

"Para rebaixar o Brasil, as agências precisam justificar a ação em relação aos ratings' de outros países. Vimos países [EUA] com chance séria de calote que não foram rebaixados", afirmou André Saconato, economista do instituto Brain.

Por enquanto, a chance de rebaixamento aparece mais nas cotações de papéis, ações e moeda brasileiras. E na capa da revista britânica "The Economist", outrora entusiasta do crescimento rápido do Brasil. No final de outubro, porém, o alerta foi do FMI, que pediu um aperto nos gastos públicos.

"Esse mau humor com o Brasil vem da falta de visibilidade do mercado com a política econômica e fiscal, o crescimento abaixo do esperado pelo terceiro ano seguido e a falta de catalisadores de curto prazo para mudar esse sentimento", disse Will Landers, gestor de mercados emergentes da BlackRock.


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