Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Análise

É raro tanto barulho por nada, mas isso não significa o pior

ÉRICA FRAGA DE SÃO PAULO

Mercado financeiro, governo brasileiro e agências de classificação de risco estão cumprindo bem seus papéis nos últimos dias.

Os investidores montam suas apostas tentando antecipar o que pode ocorrer. Esperam que a situação econômica se deteriore, levando o Brasil a perder o arduamente conquistado grau de investimento, status que as agências concedem às economias com baixo risco de calote.

O governo, que tanto festejou o grau de investimento no passado e sabe da importância --ainda que simbólica-- de umas letras a mais em sua nota, reage prometendo que evitará esse cenário. Assim, tenta cumprir sua função de transmitir segurança em relação ao rumo da economia.

Já as agências exprimem em seus relatórios sua visão sobre a evolução do cenário de um país.

Parece existir consenso entre elas de que a situação fiscal brasileira piorou. Mas isso não quer dizer que um corte de nota seja favas contadas. E às agências cabe cuidado com o que dizem em público, dado seu enorme papel de influenciar investidores.

O mercado financeiro com frequência exagera.

Governos nem sempre entregam o que cumprem.

As agências tentam agir com base nos fatos, mas, como seu histórico de ações no passado mostra, às vezes acertam na mosca, outras vezes comem mosca.

É difícil prever, portanto, o que vai acontecer exatamente no Brasil. Mas uma coisa é certa: raramente, ouve-se muito barulho por nada.

Assim como o contrário também é válido: ninguém tem escutado falar, por exemplo, de preocupações quanto à situação fiscal do Chile, país latino-americano que exibe maior solidez nessa área.

O excesso de ruído normalmente aponta riscos concretos, que claramente já entraram no radar de investidores, governo e agências.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página