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Petrobras vende operações no Peru a sócia no pré-sal

Chinesa CNPC, parceira no campo de Libra, pagará R$ 6 bilhões por ativos

Valor é exatamente o mesmo que estatal terá de desembolsar para operar área, da qual tem 40%

DENISE LUNA DO RIO

A Petrobras vendeu à chinesa CNPC (China National Petroleum Corporation) a maioria das suas operações no Peru, país onde está desde 1996.

A operação vai render à companhia US$ 2,6 bilhões (R$ 6 bilhões), recursos necessários para ajudar a cumprir plano de investimentos de US$ 236,5 bilhões até 2017.

A CNPC é parceira da estatal brasileira em Libra, primeiro campo do pré-sal brasileiro vendido pelo governo.

Como tem 40% do consórcio, a Petrobras terá que pagar ao governo R$ 6 bilhões (justamente o valor que receberá da CNPC) dos R$ 15 bilhões em bônus para a exploração do campo.

Outra parceira no mesmo campo, a francesa Total, também negocia a compra de 50% de um bloco da Petrobras no sul do Peru.

Com a venda no país vizinho, sobe para US$ 6,9 bilhões os desinvestimentos feitos pela empresa neste ano.

O objetivo é atingir US$ 9,9 bilhões em venda de ativos até 2017. Neste ano não deverá ser anunciada nenhuma outra grande venda, segundo apurou a Folha.

Os ativos que fazem parte da operação abrangem 100% de um campo maduro de petróleo em produção, que em 2012 produziu 16 mil barris de óleo equivalente por dia (petróleo e gás); 46,16% de participação em um campo pré-operacional de gás natural e petróleo condensado; e 100% de um bloco exploratório com recentes descobertas relevantes de gás natural.

A Petrobras manteve apenas um bloco no Peru, o Lote 103, que não entrou em negociação.

Essa foi a maior venda individual da Petrobras no exterior e segue alienações de ativos na Tanzânia, no golfo do México, na Colômbia e no Uruguai.

Uma tentativa de venda na Argentina não foi aprovada pelo Conselho de Administração, que colocou à venda também refinarias fora do Brasil, como a do Japão.

IRREGULARIDADES

A área internacional da companhia vem sendo esvaziada desde a posse da atual presidente, Graça Foster, que pretende focar os investimentos da companhia no Brasil, com destaque para o pré-sal.

Além disso, a área internacional está sendo investigada pelo Ministério Público do Tribunal de Contas da União, que já encontrou irregularidades em pelo menos dois negócios: a compra da refinaria de Pasadena (EUA) e um contrato com a construtora Odebrecht para a modernização de refinarias e a recuperação ambiental no exterior.

Outros projetos fora do Brasil também serão investigados pelo Ministério Público, como a venda da refinaria de San Lorenzo, na Argentina.


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