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Governo adia reunião sobre gasolina

Divergência entre Fazenda e Petrobras quanto a modelo para elevar preços leva encontro de amanhã para o dia 28

Se confirmada inflação abaixo da expectativa inicial no mês, diesel e gasolina poderiam subir ainda neste ano

VALDO CRUZ SHEILA D'AMORIM DE BRASÍLIA

Divergências entre o Ministério da Fazenda e a Petrobras levaram o governo a adiar a reunião do conselho de administração da estatal, agendada para amanhã, que discutiria a criação de um mecanismo de reajuste automático para a gasolina e o diesel.

O encontro foi remarcado para a próxima quinta, 28, quando o governo poderá decidir pelo reajuste dos dois combustíveis ainda neste ano, como pede a Petrobras.

O espaço viria se confirmada a expectativa de que a inflação de novembro está abaixo da estimativa inicial. Estimativa prévia indicava que o IPCA ficaria em 0,67% neste mês, contra 0,60% em novembro último. Agora a avaliação é que o índice repetirá o de novembro de 2012.

A equipe da presidente Dilma Rousseff, que tentará a reeleição em 2014, busca fechar o ano com inflação abaixo da registrada no ano passado, 5,84%, ou igual.

Ainda não está definido, porém, se o próximo reajuste seguirá a nova regra. Há possibilidade de o aumento ocorrer na sistemática atual, que depende do Ministério da Fazenda, e a nova fórmula entrar em vigor só em 2014.

A Folha apurou que a regra em debate pode prever reajuste semestral, com base em médias móveis do preço do petróleo e do câmbio.

Segundo a Fazenda, o governo quer evitar uma fórmula que vire referência de indexação a outros setores.

O Planalto ainda não se posicionou, mas autorizou a discussão de um mecanismo que dê "previsibilidade" de caixa à Petrobras, que defende a medida para poder bancar seu investimento no pré-sal.

A diretoria da estatal chegou a aprovar uma metodologia de reajuste automático da gasolina e do diesel, mas o conselho de administração não chancelou a fórmula.

Seu presidente, o ministro Guido Mantega (Fazenda), não gostou do modelo e pediu ajustes na reunião do conselho em 25 de outubro.

Ele se irritou com a forma como a diretoria da estatal conduziu o processo, divulgado publicamente por comunicado ao mercado. A interlocutores, disse que a empresa deveria ter feito o anúncio após o aval do governo.

O comunicado na época afirmou que a "diretoria-executiva deliberou sobre uma metodologia de precificação a ser praticada pela companhia" e que esta foi "apresentada ao conselho de administração, que determinou a elaboração de simulações adicionais e estabeleceu o prazo de 22 de novembro para sua consideração" -- agora remarcado para dia 28.

Ontem, com o mercado local fechado, as ações da Petrobras com direito a voto recuaram 4,14% na Bolsa de Nova York, para US$ 16,89. Já os papéis sem voto caíram 3,82%, para US$ 17,86.


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