Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Foco

Aos 50 anos, Panamericana redireciona seu ensino de arte

DE SÃO PAULO

Há 50 anos, em uma sede na rua Augusta com seis salas e oito professores, o argentino Enrique Lipszyc inaugurava a Escola Panamericana de Arte. Quatro cursos eram oferecidos --pintura, desenho, história em quadrinhos e caricatura.

Em paralelo com o ciclo dos setores publicitário e editorial desde as últimas décadas do século 20, a escola se expandiu para duas sedes na cidade, na avenida Angélica (Higienópolis) e na rua Groenlândia (nos Jardins).

"É uma escola pioneira, onde a prática, no melhor dos bons sentidos, suplantou a teoria", afirma o publicitário Washington Olivetto, que faz parte do corpo de conselheiros da instituição.

A um passado de glórias, contudo, sobreveio um presente de desafio e contração, mais uma vez em processo semelhante ao que vivem a publicidade e o meio editorial.

De uma década para cá o programa de ensino na Panamericana foi reformulado. Hoje o foco está na capacidade de o aluno criar e desenvolver projetos.

Alex Lipszyc, diretor de ensino, explica a mudança: "Agora o objetivo está mais voltado para a criatividade e a capacidade de trazer novas ideias, do que para o ato de fazer".

Se em 87 a escola tinha cerca de 5.000 alunos, atualmente conta com 3.500.

A Panamericana oferece cursos nas áreas de artes plásticas, design de interiores, publicidade, criação, moda, fotografia, design gráfico e motion graphics.

As mensalidades oscilam em torno de R$ 1.200, por seis horas de aula por semana. Atendimento personalizado na sala de aula e equipamento de última geração justificam o investimento, de acordo com Alex.

Ele conta que houve uma mudança inclusive no perfil de quem procura a escola: "O aluno de hoje está em um segundo momento. Terminou a faculdade, foi para o mercado e agora busca uma nova inspiração".

EXPOSIÇÃO ABERTA

Voltada para o ensino prático, a Panamericana formou cerca de 100 mil alunos.

Artistas como Mauricio de Sousa, Aldemir Martins e Vik Muniz (este, como ex-aluno) estiveram ligados à instituição. Ziraldo também --ele teria sido decisivo na escolha de São Paulo, e não Rio, para a implantação da escola, segundo Enrique.

As comemorações dos 50 anos englobam o lançamento de um livro com dois volumes, retratando a história da instituição, e uma exposição com o acervo de Lipszyc --trabalhos de Mira Schendel, Antonio Henrique Amaral, Hugo Pratt e Wesley Duke Lee, entre outros.

As obras podem ser vistas na r. Groenlândia, nº 77, SP.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página