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Leilão de concessão da rodovia BR-163 atrai sete grupos

Número de interessados em trecho em Mato Grosso cai em relação a disputa anterior; governo se diz satisfeito

Três empresas que concorreram à BR-050 ficam fora; setor teme falta de fôlego perante alto custo de operação

DIMMI AMORA DE BRASÍLIA

O leilão da BR-163 (MT), iniciado ontem, atraiu menos investidores do que a mais recente concorrência de rodovias do governo federal, em setembro: sete grupos apresentaram lances para administrar a via por 25 anos, enquanto no leilão passado, da BR-050 (MG/GO), foram oito.

Três grupos que disputaram o leilão anterior não entraram na disputa atual. O Consórcio Planalto, formado por nove pequenas e médias companhias do setor de construção e vencedor da BR-050, foi um dos que não apresentaram proposta desta vez.

Tampouco entraram na disputa a Arteris, empresa espanhola que administra a maior malha de rodovias pedagiadas no Brasil, e a Queiroz Galvão Engenharia.

A concorrência da BR-163 (MT) terá sete grupos porque a Odebrecht e a Invepar, que no leilão anterior entraram juntas, desfizeram a parceria e disputarão separadamente.

Além disso, uma nova empresa que não havia apresentado proposta entrou na disputa, a Galvão Engenharia.

Estão ainda na concorrência a CCR, a Triunfo e consórcios liderados por Ecorodovias e Fidens Engenharia.

FÔLEGO CURTO

A redução da quantidade de concorrentes começa a concretizar o temor de empresas do setor de que as companhias não tenham fôlego suficiente para entrar em muitas disputas perante os elevados custos que têm que assumir quando ganham as concessões do governo federal.

No setor de transporte, o governo já concedeu uma rodovia e um aeroporto neste ano. Até 27 de dezembro, pretende entregar ao mercado quatro trechos rodoviários (a BR-163 e outros três), e, no início de 2014, uma ferrovia.

O ministro Cesar Borges (Transportes) disse que a presidente Dilma Rousseff avaliou como positiva a participação de sete grupos na disputa pela BR-163.

Segundo ele, o governo trabalha para eliminar o risco de licitações vazias, mas acredita que algumas companhias poderão entrar em mais de um leilão.

"Quem pode entrar em um entra em um. Quem fizer a avaliação de que não pode mais que isso está sendo responsável", afirmou Borges.

Vence o leilão da BR-163 quem oferecer o menor valor de tarifa de pedágio, sendo o máximo permitido R$ 5,50 por 100 km. Os envelopes com as propostas serão abertos amanhã, às 10h, na Bovespa, em São Paulo.

O vencedor administrará um trecho de 851 km em que terá que fazer 454 km de duplicação em até cinco anos após receber as licenças. Uma parte da rodovia está sendo duplicada pelo Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte).

A estrada é hoje um dos principais gargalos logísticos do país.

É por ela que escoa a soja produzida em Mato Grosso em direção ao Sul e ao Norte. A duplicação melhora a situação para o Sul. Mas, para o Norte, o governo ainda não terminou o asfaltamento da rodovia no Estado do Pará, prometido para 2011.

Segundo estudo feito pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), a falta de asfaltamento e outros problemas na rodovia provocam prejuízo para o país estimado em R$ 1,4 bilhão ao ano.


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