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Fim de estímulos americanos preocupa BC da zona do euro

Risco para o bloco cresceu desde que EUA indicaram que ajuda pode ser encerrada, diz órgão

Fed se reúne no mês que vem e pode começar a tirar os estímulos de US$ 85 bilhões, iniciados no fim de 2012

DO "FINANCIAL TIMES"

O BCE (Banco Central Europeu) disse ontem que a retirada de estímulos por parte do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) representa um risco e pede para que as autoridades dos países da zona do euro se preparem para choques no mercado com o fim da ajuda.

Em relatório semestral, o organismo afirma que os riscos externos para o sistema financeiro do bloco de 17 países cresceram desde maio, que foi a primeira vez que o presidente do Fed, Ben Bernanke, indicou que os estímulos de US$ 85 bilhões ao mês (iniciados no fim de 2012) podem começar a ser reduzidos nos próximos meses.

"A partir de maio, houve uma remarcação significativa nos mercados mundiais de títulos, que aconteceu, em grande parte, por causa da mudança de expectativa sobre a política monetária dos Estados Unidos, com o aumento da volatilidade e do estresse no mercado de moedas estrangeiras, especialmente nas economias emergentes", afirmou o BCE.

As expectativas sobre o encerramento da ajuda têm afetado diversos países, inclusive o Brasil. Em agosto, quando o real era uma das moedas que mais se desvalorizavam ante o dólar, o Banco Central adotou uma política de leilão de compra diária da moeda americana para frear a alta.

Por isso, a próxima reunião do comitê de política monetária do Fed (responsável pela política de juros) é acompanhada com muita atenção, visto que existe a expectativa de que as autoridades norte-americanas decidam pelo fim do programa.

O encontro acontece no dia 18 do mês que vem, quando o banco central americano terá as informações sobre o mercado de trabalho em novembro, que serão divulgadas na semana que vem.

O Fed já manifestou que só passará a tirar os estímulos quando o mercado de trabalho der sinais firmes de que vai melhorar de forma firme e constante. Em outubro, a taxa de desemprego nos Estados Unidos estava em 7,3%, 0,6 ponto percentual menos que um ano antes.

PREVISIBILIDADE

O BCE afirma que a turbulência provocada pela política americana exige políticas macroeconômicas "estáveis e previsíveis" pelos membros do bloco, assim como orientações (por parte do organismo) para o cenário futuro das taxas de juros.

De acordo com ele, essas medidas ajudariam a suavizar a retirada de estímulos pelos Estados Unidos.

No início deste mês, o BCE reduziu sua taxa de juros para o menor nível histórico (0,25% ao ano), devido à preocupação com a inflação, que está em um nível inferior aos cerca de 2% desejados --ficou em 0,7% em outubro.


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