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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br

Potencial do mercado brasileiro de hortaliças atrai multinacionais

O Brasil é a bola da vez em hortaliças. Renda maior e a busca do consumidor por alimentação mais saudável estão trazendo várias empresas para o país. Nos anos 1990 era duas. Agora, são 18.

A procura pelo mercado brasileiro ocorre porque o setor começa a deslanchar. O país tem uma população grande, e a demanda cresce.

Com os mercados europeu e da América do Norte praticamente desenvolvidos, as empresas miram o Brasil.

"O mercado brasileiro está mudando, e o produtor está respondendo a essas mudanças", diz Paulo Koch, diretor de marketing da centenária Sakata, empresa de origem japonesa da área de sementes e que realizou encontro dos setor nesta semana em Bragança Paulista (SP).

Novas opções de mercado fizeram o produtor deixar de ser anônimo e a criar marcas próprias para seus produtos. Se de um lado cativam o consumidor, de outro têm de manter a qualidade, diz Koch.

A evolução do mercado brasileiro de hortaliças traz consigo toda uma cadeia produtiva. A indústria de semente cresce 10% ao ano e atinge R$ 500 milhões de faturamento. Defensivos, fertilizantes, maquinário especializado e até o setor de embalagens se adaptam a essas novas exigências.

Arthur Moraes Romão, da área de marketing da Yanmar Agritech, especializada em máquinas agrícolas de menor porte, diz que as vendas crescem bem no segmento. A evolução foi de 9% na mais recente feira especializada do setor de que a empresa participou.

Koch diz que os investimentos são elevados e as empresas de sementes reinvestem 15% da receita em pesquisas de novas variedades.

A busca de uma nova variedade de tomate, por exemplo, leva de 8 a 10 anos do início da pesquisa à chegada do produto no campo.

Olhando para o futuro, Koch diz que as empresas buscam novas variedades adaptadas ao clima tropical. Todo produto é convencional --sem transgenia. Com isso, a busca da resistência da planta a determinadas doenças é possível, mas o controle de insetos é mais complicado.

Já as necessidades do produtor são de uma cultivar "com agregação de precocidade", diz ele. Ou seja, quanto mais cedo o produtor puder colher o produto, menos risco ele corre no campo.

Resistência à chuva e maior durabilidade da hortaliça após a colheita também são preocupações dos pesquisadores.

DESAJUSTES

O mercado cresce, mas o Brasil ainda precisa avançar bastante em relação aos países desenvolvidos. Uma das grandes diferenças é a qualidade final que chega à mesa do consumidor.

Os produtores dos países desenvolvidos chegaram a um padrão constante de oferta e de qualidade, o que ainda não ocorre no Brasil.

As novas cultivares que chegam ao mercado e um manejo mais adequado vão fazer o padrão brasileiro avançar, segundo Koch.

Os produtores também estão cientes das mudanças que devem ocorrer no setor. Esse sobe e desce da qualidade e dos preços no setor não permite a manutenção de uma renda regular, segundo Eugênio Graiusd el Mel, do Rio.


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