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Fundo cambial é melhor aplicação em novembro
Alta do dólar favorece investimento, que ganhou 2,1%; Bolsa dá prejuízo no período
Com a valorização de 4,43% do dólar à vista --referência para as negociações no mercado financeiro--, os fundos cambiais foram a aplicação mais rentável no mês passado entre as acompanhadas pela Folha.
O ranking elaborado para a reportagem considera o rendimento das aplicações com desconto de Imposto de Renda em simulações de resgate em 12 meses, além do desempenho antes do IR.
Os fundos cambiais são uma alternativa ao pequeno investidor que deseja aplicar em moeda estrangeira. Esses produtos renderam 2,79% no mês (ou 2,30% após IR no resgate em 12 meses).
Tantos esses fundos quanto a compra direta da moeda americana, porém, só são indicados por consultores financeiros ao pequeno investidor em situações de despesas programadas --como com um filho que mora no exterior, no primeiro caso, e uma viagem, no segundo.
"Como investimento fora desse contexto, o dólar é muito instável para o pequeno investidor", diz Mauro Calil, educador financeiro.
BOLSA
Na outra ponta do ranking, como pior aplicação em novembro, aparece a Bolsa.
O Ibovespa, referência do desempenho das ações no mercado, caiu 3,27% e, com isso, os fundos de ações livres, alternativa para o pequeno investidor que aplica em Bolsa, perderam 2,1%.
A situação do mercado acionário deve permanecer complicada no ano que vem, de acordo com analistas, que afirmam que o cenário no Brasil continua difícil, com inflação em alta e descontrole dos gastos do governo.
Na renda fixa, os fundos DI, que aplicam os recursos em títulos públicos e privados pós-fixados, renderam, antes do IR, mais que a poupança. Após o desconto do imposto no resgate em 12 meses, porém, perderam da caderneta (veja quadro).
A poupança, tanto para depósitos feitos a partir de 4 de maio de 2012 quanto para os anteriores a essa data, teve rendimento de 0,52% (aniversário no primeiro dia de novembro). Não há incidência de IR nas aplicações. Já os fundos de renda fixa, que investem em títulos prefixados, tiveram desempenho inferior ao da poupança mesmo antes do desconto do IR.
Vale destacar que os dados sobre os fundos não refletem precisamente o ganho do pequeno investidor, pois são uma média de desempenho que inclui produtos de grande porte, com aplicação mínima elevada e que costumam render mais que os de varejo.