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'Só 20% de desconto e com essa fila? Vamos embora', diz brasileira em NY

JOANA CUNHA DE NOVA YORK

Em busca do paraíso das compras, alguns turistas brasileiros se decepcionaram em Nova York ao conhecer a "verdadeira Black Friday".

A dentista Nathalia Possas, 34, desembarcou na cidade há alguns dias, mas resolveu esperar a sexta-feira para fazer as compras planejadas. Saiu para pesquisar e anotou os preços encontrados no início da semana na expectativa de que ontem levaria os mesmos produtos por valores muito inferiores.

"Só comprei antes o que considerava essencial, mas resolvi esperar algumas coisas. E não estou achando nada incrível. Ontem [anteontem], vi promoções melhores."

Ao entrar em uma varejista de eletrodomésticos, Berenice Santanna, 47, pegou o cupom de desconto entregue pelo vendedor e pediu que o marido traduzisse a rebaixa oferecida pela loja.

"Só 20%? E com essa fila para passar no caixa? Isso é a tal da Black Friday'? Vamos embora!", disse a brasileira, carregando três sacolas de compras que havia feito do outro lado da rua em uma loja de roupas.

"Se você vem com um desejo muito fixo na cabeça do que quer comprar, acaba decepcionado. Fica a impressão de que Black Friday' é lenda. Mas tem de procurar o que está barato e ver se gosta, mesmo que não esteja precisando", diz Mariana Chavez, 32, empresária que esteve nos EUA na mesma data em 2012.

Mais escolada, a enfermeira Thaís Winmill, que vive há 12 anos no país, diz que vale planejar as compras pelos anúncios nos jornais dias antes. "Se tiver muita baderna na loja, eu volto em casa e compro pela internet. Na segunda-feira seguinte também costuma ter preço bom."

TERMÔMETRO

Nos EUA, milhões de consumidores não esperaram a "Black Friday" começar e saíram em busca de liquidações já na noite de anteontem, segundo a NRF (federação do varejo no país), que estima alta de 3,9% nas vendas.

A data representa a abertura da temporada de compras de fim de ano e serve de termômetro sobre como podem vir as vendas de Natal.

As estimativas para este ano superam os 3,5% de alta de 2012, mas continuam longe do patamar de 6% de antes da crise, há cinco anos.

Tradicionalmente, a "Black Friday" começa na manhã seguinte ao feriado de Ação de Graças, festa que reúne os americanos em torno de um peru recheado para relembrar o mito de fundação do país.


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