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'Black Friday' tem aumento das vendas e também das reclamações

Faturamento para o comércio eletrônico até as 17h já era 60% maior que em toda a edição de 2012

Canal on-line de queixas recebeu mais de 5.000 reclamações; internautas dizem que evento é 'Black Fraude'

GABRIELA BAZZO DE SÃO PAULO

A "Black Friday" movimentou, até as 17h de ontem, R$ 390 milhões apenas para o comércio eletrônico, 60% mais que em todo o evento no ano passado, de acordo com a E-bit, empresa especializada em informações do comércio virtual.

A data também foi marcada por reclamações de consumidores. Segundo o Reclame Aqui, canal on-line para queixas, até as 18h de ontem foram registradas 5.602 queixas entre as 120 lojas virtuais monitoradas no evento (média de 47 por loja).

No ano passado, o Reclame Aqui registrou 8.000 queixas, referentes a 187 empresas --sendo 30 lojas físicas--, entre a sexta e o sábado (média de 43 por loja).

Quase metade das reclamações em 2012 foi relativa a propaganda enganosa.

Neste ano, entre as principais queixas, está a dificuldade de acesso aos sites, a impossibilidade de concluir as compras e o aumento prévio dos preços para dar desconto.

Também foram registradas queixas referentes ao preço do frete, com valores muito acima da média.

Os três sites com maior número de reclamações, de acordo com o balanço do Reclame Aqui, foram o Extra.com, o Submarino.com e o Ponto Frio.

O Submarino.com não quis comentar as reclamações feitas pelos consumidores.

Os sites Extra.com e Ponto Frio disseram, em nota, que "as ofertas divulgadas na promoção "Black Friday" são legítimas e que os sites disponibilizam páginas exclusivas para que os clientes naveguem em produtos participantes dessa promoção".

Nas redes sociais e nos sites de reclamações, o evento recebeu apelidos como "Black Fraude", "Black Fria", "Friday Fiasco" e "Black Mentira", em alusão à suposta "maquiagem" de preço.

Também foram criados sites colaborativos para que os consumidores denunciassem falsas ofertas.

PROCON

A Fundação Procon-SP, órgão vinculado à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, abriu um canal para queixas em redes sociais, por meio da "hashtag" #deolhonaBlackFriday, mas registrou um número bem menor de reclamações: até as 17h30 de ontem, 87 queixas haviam sido registradas pelo órgão --os problemas eram similares aos do Reclame Aqui.

Segundo a assessoria do Procon-SP, as denúncias serão apuradas e, caso sejam comprovadas as infrações ao Código de Proteção e Defesa do Consumidor, os estabelecimentos serão punidos e a investigação será encaminhada para o Ministério Público do Estado de São Paulo.

No portal da "Black Friday", site oficial do evento, os itens mais procurados foram telefonia, eletrodomésticos, eletrônicos, informática e games.


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