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Análise consumo do governo

Programas de renda puxam gastos públicos

Estratégia do governo faz despesa com aposentadoria e Bolsa Família subir mais que o custeio da máquina pública

O consumo do governo, embora alto para padrões internacionais, tem se mantido relativamente estável nos últimos cinco anos

GUSTAVO PATU DE BRASÍLIA

A expansão dos gastos públicos é evidente desde o ano passado, mas seu impacto na economia ainda não está devidamente dimensionado nas estatísticas do PIB.

Os dados do IBGE mostram que o consumo do governo --incluindo União, Estados e municípios-- está comportado no ano: uma alta de 1,8% acumulada até o terceiro trimestre, inferior ao modesto crescimento de 2,4% da economia nacional.

Já o Tesouro Nacional divulgou, para o mesmo período, uma elevação em suas despesas totais de 3,9% acima da inflação considerada no cálculo do PIB.

Os números dos governos estaduais são menos precisos, mas também apontam para um aumento bem superior ao do crescimento da economia, algo entre 3% e 3,5%.

Não há, no entanto, contradição entre a taxa apresentada pelo IBGE e as apuradas a partir dos balanços orçamentários do governo federal e dos Estados.

A explicação está na estratégia escolhida pelo governo federal --que sozinho responde por mais da metade do gasto público-- para tentar estimular a produção nacional e as compras de bens e serviços.

Os programas em expansão acelerada são os de transferência de renda às famílias, como, aposentadorias, pensões, auxílio-doença, seguro-desemprego, abono salarial e Bolsa Família.

Essas dinheiro, que não está contabilizado no consumo do governo, alimenta o consumo das famílias, que de longe é o principal componente da demanda por bens e serviços --e se mantém em alta, embora longe da exuberância da década passada.

O consumo do governo mede os custos da máquina administrativa e as compras rotineiras, dos salários ao café dos servidores, de material escolar às fardas dos militares.

Essa modalidade de gasto, embora alta no Brasil para padrões internacionais, tem se mantido relativamente estável nos últimos cinco anos, em torno de pouco mais de um quinto do PIB.

De 2011 para 2012, houve um aumento de 0,6 ponto percentual do produto, de 20,7% para 21,3%.

O gasto público total, no entanto, cresceu 1,3 ponto, para 37,1% do PIB.

A fatia restante da despesa do governo são as obras públicas, contabilizadas pelo IBGE entre os investimentos, em alta --mas graças ao setor privado.


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