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Análise serviços

Obras de infraestrutura podem trazer novos ganhos no médio prazo

SILVIA MATOS VINICIUS BOTELHO ESPECIAL PARA A FOLHA

A divulgação das contas nacionais do terceiro trimestre de 2013 trouxe novas informações sobre o comportamento do setor de serviços desde 2012.

No ano passado, este setor cresceu 1,9%, um pouco acima do valor anteriormente divulgado, de 1,7%.

As informações referentes à nova Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) elevaram as taxas de crescimento das três atividades contempladas na pesquisa: serviços de informação, transporte e outros serviços.

Já para o primeiro semestre de 2013, a revisão não alterou o resultado final.

Mesmo com alterações relativamente pequenas, qualquer novo dado sobre o setor é muito importante, pois possui o maior peso na economia e é responsável por cerca de 75% do emprego gerado.

E, sem dúvida, o crescimento de médio e longo da economia brasileira será cada vez mais dependente da produtividade desse setor.

Como os serviços, em geral, não sofrem concorrência externa, sua participação de mercado não fica comprometida, mesmo em face da nossa baixa produtividade (algo que não ocorre no setor de bens comercializáveis internacionalmente).

Enquanto no setor de comercializáveis a baixa produtividade se reflete em importação de bens, nos serviços ela gera inflação, como temos observado há alguns anos.

No entanto, há várias atividades desse setor que podem contribuir para um futuro melhor, como os serviços de informação.

Mesmo com o crescimento dessa atividade nos últimos anos, ainda há espaço para mais expansão, aumentando a produtividade de toda a economia.

O crescimento dos serviços de informação gera ganhos de escala no comércio, que é uma atividade que poderia se beneficiar significativamente da adoção de tecnologias poupadoras de mão de obra.

Outro exemplo está no setor de transportes.

A maior parte do valor adicionado neste setor vem do transporte de cargas, e os leilões de infraestrutura podem vir a incentivar essa atividade no médio prazo (trazendo ganhos de escala para os outros setores, como fica claro no caso do agropecuário).

Finalmente, a intermediação financeira tem um potencial de crescimento relevante no médio prazo, pelas possibilidades de aumento do crédito como proporção do PIB (especialmente o imobiliário) e pelos efeitos de redução de risco de crédito oriundos do aumento da formalização do emprego.

Enfim, a agenda de crescimento deveria ser cada vez focada no aumento da produtividade do setor serviços.


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