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Imóveis no exterior

Com preço alto no país, brasileiro mira imóvel no exterior

Comparação de valores deve ser feita de forma cuidadosa, o que inclui perspectivas para o câmbio

Espanha e Portugal dão visto de residência para estrangeiros que compram imóveis a partir de € 500 mil

DANIEL VASQUES DE SÃO PAULO

As crises econômicas, que atingiram fortemente os Estados Unidos e a Europa, tornaram realidade para muitos brasileiros o sonho de ter uma casa no exterior.

Os preços dos imóveis desabaram e, mesmo com a recuperação, ainda atraem quem busca investir ou ter uma casa para passar as férias. No Brasil, no sentido inverso, as residências ficaram muito mais caras.

De 2007 --quando os preços nos Estados Unidos começaram a cair-- a outubro de 2013, o valor do metro quadrado dos lançamentos na capital paulista subiu 156%, para R$ 8.200, segundo a Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio). No mercado americano, apesar da recuperação desde 2011, os preços estão, na média, abaixo do nível no período pré-crise, de acordo com a FHFA (Agência Federal de Financiamento Imobiliário, na sigla em inglês).

A comparação com os preços praticados no exterior, no entanto, deve ser feita de forma cuidadosa. Não basta saber se o imóvel é novo ou usado, mas também estado de conservação, detalhes do bairro, forma de pagamento e documentação exigida.

A variação cambial também deve ser levada em conta, principalmente se a compra for financiada. Por isso, informar-se sobre as perspectivas para moedas como dólar e euro ajuda no planejamento financeiro.

DESTINOS

Portugal e Espanha são os mercados preferidos dos brasileiros na Europa, atraindo pela proximidade cultural, preços depreciados e por permitir a obtenção de visto de residência para quem comprar imóveis a partir de € 500 mil (R$ 1,6 milhão).

Nos EUA, Miami é a principal porta de entrada. Segundo pesquisa da NAR (associação nacional de corretores, na sigla em inglês), os brasileiros foram os estrangeiros que mais adquiriram imóveis na cidade em 2012, atrás de argentinos e venezuelanos.

Como as economias desses países são consideradas instáveis, argentinos e venezuelanos de alta renda buscam mercados que sejam "portos seguros" para seu dinheiro.

"Os preços de Manhattan estão acima do nível pré-crise. Em Miami, estão chegando", diz Basilio Jafet, presidente da Fiabci Brasil (Federação Internacional das Profissões Imobiliárias).

Na América Latina, o destino é Punta del Este, no Uruguai. Brasileiros costumam utilizar a casa no balneário em parte do ano e alugá-la no restante, diz Renato Teixeira, da rede imobiliária Re/Max.


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