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Imóveis no exterior

Casa em Portugal pode ser entrada na UE

Compra de imóvel de mais de € 500 mil (R$ 1,6 milhão) dá direito a visto de residência no país para estrangeiro

Brasileiro é o segundo que mais investe no programa criado pelo governo local, atrás somente dos chineses

MAÍRA TEIXEIRA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O mercado imobiliário está ajudando Portugal a combater a crise econômica. Além de aproveitar os preços em baixa, com redução de 25% a 30% ante 2008, quem comprar um imóvel no país a partir de € 500 mil (aproximadamente R$ 1,6 milhão) terá direito ao visto de residência.

Em outubro de 2012, Portugal criou a ARI (Autorização de Residência para Atividade de Investimento), obtida também por quem fizer investimentos financeiros acima de € 1 milhão (R$ 3,2 milhões) ou abrir negócio que gere dez empregos formais.

A ARI deve ser renovada ao fim de um ano e, depois disso, a cada dois anos. Nesses períodos, o titular da autorização poderá ser chamado a provar a estadia efetiva em território português por, no mínimo, sete dias em cada período anual.

Após seis anos, já é possível requerer a cidadania. Ambos os benefícios podem ser estendidos para o marido ou a mulher e filhos.

Desde a implementação da novidade, dez brasileiros obtiveram o ARI e investiram € 11,7 milhões, colocando o Brasil no posto de segundo maior investidor dentro do programa, atrás da China.

"Eles estão aproveitando para comprar vinícolas tradicionais, casas confortáveis em praias do mediterrâneo ou em quintas [sítios]", diz Paulo Lourenço, cônsul-geral de Portugal em São Paulo.

DESTINOS

Os destinos mais procurados, completa, são Lisboa, Porto e a região do Algarve, onde está a Quinta do Lago, tradicional reduto da população de alta renda do país.

"É um local emblemático, que viveu seu auge nas décadas de 1980 e 1990, mas ainda conserva o lado aristocrático e a elegância", destaca.

Segundo a Qualified Investiments, de Lisboa, o preço do metro quadrado em regiões nobres da cidade pode variar entre € 2.500 (R$ 8.100) e € 7.500 (R$ 24,3 mil).

"A economia tem dado sinais de que o pior já passou. Em algumas zonas [prime], os preços já começaram a subir, o que se justifica pela forte procura por investidores estrangeiros", afirma o empresário português Frederico Espírito Santo da Cunha.

De olho nesse público, ele realizou uma mostra imobiliária em dezembro de 2012 no Rio de Janeiro e outra em junho em São Paulo.

Para ele, a "terrinha" tem inúmeros atrativos, como a língua em comum, a gastronomia e a cultura.


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