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Dólar sobe mais ante o real em 2014, dizem economistas

Recuperação da economia dos EUA e problemas brasileiros enfraquecem real

DANIELLE BRANT DE SÃO PAULO

O dólar deve permanecer em alta em relação ao real em 2014 em função da recuperação da economia americana e de problemas brasileiros, como descontrole fiscal, economia enfraquecida e inflação, afirmam economistas ouvidos pela Folha.

A moeda americana à vista (referência no mercado financeiro), que já subiu 13,89% em 2013 até ontem, para R$ 2,328, deve oscilar entre R$ 2,40 e R$ 2,60 no ano que vem, dizem analistas.

Dados recentes indicando que a retomada da economia dos EUA ganha ritmo --como a revisão para cima do crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) no terceiro trimestre, para 3,6%-- reforçam entre investidores a aposta de que o BC americano deve começar a retirar os estímulos econômicos já no primeiro trimestre de 2014.

Desde 2009, a autoridade monetária injeta todos os meses US$ 85 bilhões na economia pela recompra de títulos públicos e parte desse dinheiro se transforma em investimentos em outros países, como o Brasil.

Com o fim do incentivo, menos recursos estariam disponíveis para as aplicações e, diante da possibilidade de menor entrada de dólares no mercado brasileiro, o preço da moeda americana sobe.

"Além disso, economia do Brasil não está atraente. Cresce pouco, tem inflação alta e muitos impostos. Tudo isso inibe a permanência de investimentos", diz Sidnei Nehme, diretor-executivo da corretora de câmbio NGO.

EURO

Já em relação ao euro, moeda única dos 17 países da zona do euro, o cenário para 2014 é menos claro, afirmam os especialistas.

A estimativa é que a moeda, que fechou ontem em R$ 3,217, oscile entre R$ 3,10 e R$ 3,30 no ano que vem.

"A economia da zona do euro tem sinais divergentes. Há bons sinais na Alemanha, ruins na Itália, além de uma leve retomada na Espanha. Por essas diferenças, não dá para dizer se o Banco Central Europeu vai reduzir os juros para tentar dinamizar a economia", diz Nehme.

Daniel Moreli, superintendente de Tesouraria do BI&P --Banco Indusval & Partners, afirma que não foram resolvidos problemas estruturais da região, como a política fiscal dos países mais pobres.


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