Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Fundo simplificado terá custo baixo para pequeno investidor

Entidades preparam modalidade de aplicação com menor exigência de assembleias, publicações e carta a cotistas

Objetivo é lançar produtos com retorno competitivo em relação à poupança em momentos de juro baixo

TONI SCIARRETTA DE SÃO PAULO

Os investidores poderão aplicar pequenas quantias em fundos de investimento com taxas de administração baixas, hoje disponíveis apenas para clientes de alto poder aquisitivo e com grandes volumes de aplicação.

A novidade, que deve ser lançada em 2014, virá com a criação de um fundo de investimento simplificado, que aplicará basicamente em títulos públicos do governo sem precisar de grandes esforços de análise e de pesquisa dos gestores.

Terá ainda exigências burocráticas menores para tomada de decisão e para prestação de contas aos cotistas, por exemplo, com uso de assembleias on-line, desobrigação de publicar editais e atas nos periódicos (será feito pela internet), substituição de cartas e comunicados impressos por e-mails, entre outras.

"Queremos reduzir o custo de gestão e de administração ao mínimo possível, sem abrir mão da segurança conquistada pelo investidor quando aplica em fundos de investimento", disse Carlos Massaru, vice-presidente da Anbima (associação das entidades de mercado).

O assunto está em discussão avançada na CVM (Comissão de Valores Mobiliários), que ainda deverá colocar o tema em audiência pública antes de regulamentá-lo. A expectativa é que seja aprovado no primeiro semestre de 2014.

A ideia é aproveitar o momento atual de juros crescentes --e pressão menor pela redução das taxas de administração-- para aperfeiçoar as regras, ganhar eficiência e aumentar a competitividade dos fundos de investimento em relação à poupança, que se tornou imbatível para os pequenos poupadores em tempo de taxas baixas.

Com juros de 7,25%, patamar em vigor até março deste ano, os fundos precisam cobrar taxas de administração de no máximo 0,5% ao ano para render mais do que a poupança. Isso porque a caderneta é isenta de IR (Imposto de Renda), enquanto os fundos pagam entre 22,5% (resgate antes de seis meses) e 15% (após dois anos).

Massaru crê que os primeiros fundos simplificados deverão aplicar em títulos pós-fixados, como as LFT (Letras Financeiras do Tesouro), que seguem a Selic (taxa básica de juros) e o CDI (os juros dos empréstimos entre os bancos).

AUDITORIA

Para Fabio Colombo, administrador de investimentos, a proposta é bem-vinda e pode impedir que a indústria de fundos se torne elitizada, voltada só aos investidores de maior volume de aplicação.

"As exigências de publicação e de prestação de contas têm um custo. Elas precisam ser simplificadas. Só não dá para abrir mão, por exemplo, da auditoria externa, que é um custo importante dos fundos, mas que é fundamental para a segurança do cotista", afirmou Colombo.

"Não precisamos abrir mão de nada importante em termos de segurança e de transparência. Mas muitos procedimentos devem ser revisados e atualizados para ficar mais eficientes", disse Massaru.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página