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Valor do aluguel de escritório cai 10% em São Paulo no 3º trimestre

DE SÃO PAULO

O preço de aluguel de escritórios corporativos em São Paulo caiu 10% no terceiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado, segundo relatório da consultoria Colliers International obtido pela Folha.

O preço médio do metro quadrado em sete regiões avaliadas passou de R$ 126,50 para R$ 114,30. As regiões são: Barra Funda, Chácara Santo Antônio, Faria Lima, Itaim, av. Paulista, av. Roque Petroni e Vila Olímpia. No Itaim e no entorno da av. Roque Petroni, a queda foi de 13%.

O estudo considerou escritórios de mais de 100 metros quadrados e alugados, em geral, por grandes empresas.

De acordo com a Colliers, a partir de 2012, o mercado saiu de um período de expansão para uma "superoferta", que levou à queda de preços.

A área total disponível para locação aumentou 289% nessas regiões entre o terceiro trimestre de 2012 e o de 2013, com destaque para a zona da Vila Olímpia.

"No momento atual, a oferta ultrapassa a procura por locação", afirma Roberto Aflalo, do escritório de arquitetura Aflalo e Gasperini.

Ainda de acordo com ele, não há como colocar o pé no freio: os imóveis lançados agora foram planejados há quatro ou cinco anos e continuarão a ser entregues.

Apesar da grande oferta, a entrega de escritórios no trimestre ficou abaixo das expectativas devido, segundo o relatório da Colliers, a problemas de atrasos de obras e entregas do Habite-se (documento expedido pela prefeitura ao fim da obra).

Dos 300 mil metros quadrados projetados pelo mercado, 60 mil metros quadrados foram entregues.

PERSPECTIVAS

Para João da Rocha Lima Jr, coordenador do núcleo de pesquisa de mercado imobiliário da Poli (Escola Politécnica da USP), os preços de imóveis comerciais estavam "totalmente inadequados".

De acordo com Lima, como o mercado comercial é alvo de investidores, ocorreu em anos anteriores, especialmente durante o "boom" (entre 2009 e 2011), um movimento especulativo forte.

Isso significa que os incorporadores estabeleceram os preços projetando um lucro acima do normal, valendo-se do momento de alta.

"A bolha no mercado comercial já estourou", afirma ele. Nesse cenário, o pesquisador acredita que os preços devam continuar caindo.

Já na avaliação de Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP (sindicato que representa as construtoras), não há bolha e a queda de preços é pontual considerando que diversos empreendimentos corporativos estão sendo entregues em um ano de economia fraca.

"As empresas vão ajustar a quantidade de lançamentos, e a tendência é que a partir de 2014 ou 2015, dependendo da situação da economia do país, esse valores de aluguel voltem a crescer."


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