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Usina de Belo Monte manteve em segredo veio de ouro, agora já sepultado sob concreto

MARCELO LEITE DE SÃO PAULO

"Quando analisamos as rochas escavadas do sítio Belo Monte, verificamos que várias delas continham traços de ouro. A partir daí, todo nosso esforço foi manter esse segredo, para evitar que Belo Monte se transformasse numa nova Serra Pelada."

O "verdadeiro segredo de Belo Monte" --a existência do ouro-- foi revelado ontem por Antônio Kelson Elias Filho, diretor de Construção da Norte Energia --detentora da concessão da hidrelétrica.

Não chega a ser surpresa que um veio do metal tenha sido descoberto na região da cidade paraense de Altamira, à beira da Transamazônica.

Afinal, a cerca de dez quilômetros de outro canteiro de Belo Monte, o do sítio de Pimental, começam os trabalhos para abrir a maior mina de ouro a céu aberto do Brasil, Belo Sun.

E Serra Pelada, o maior garimpo do país, fica a 400 km dali, em linha reta (o que, em território amazônico, pode ser considerado perto).

TESOURO SEPULTADO

Segundo Kelson, o veio até seria economicamente viável, se fosse avaliado de maneira isolada.

Como sua exploração implicaria adiar a construção da hidrelétrica de Belo Monte, no entanto, a ideia foi abandonada.

"Não valia a pena. Fechamos o poço com concreto", afirma o diretor da Norte Energia.

Assim se sepultou, para sempre, o segredo de Belo Monte.

Kelson havia prometido que "revelaria à Folha o verdadeiro segredo de Belo Monte" em setembro, durante visita à usina para a elaboração da reportagem "A Batalha de Belo Monte" (folha.com/ belomonte).

O segredo seria contado "se a reportagem resultasse equilibrada". Após o debate sobre a usina realizado no auditório do jornal, anteontem, Kelson, como é mais conhecido, cumpriu a promessa.


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