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Estoque de carros sem o aumento de IPI deve durar apenas um mês

Previsão é de concessionários, que já registram alta no movimento após o anúncio do governo

Educador financeiro diz que se endividar para antecipar a compra e aproveitar o imposto menor não vale a pena

DE SÃO PAULO

O estoque de carros faturados (passados da indústria para a concessionária) antes da alta do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) deve durar, no máximo, 30 dias, segundo concessionárias consultadas pela Folha.

No caso dos modelos 1.0, mais procurados, a previsão cai para cerca de 20 dias.

Na terça-feira (24), o governo anunciou que o imposto irá subir a partir de 1º de janeiro até dois pontos percentuais, índice que deverá ser repassado ao consumidor.

A alta do tributo ocorre num momento de retração nas vendas do setor, mas a expectativa de elevação dos preços serviu ao menos para aumentar a movimentação de clientes em concessionárias.

"Acreditamos que essa empolgação perdure até janeiro, que historicamente é um mês morno para o comércio de veículos. Mas, a partir de fevereiro, o ritmo deve cair", afirma Marcio Augustinelli, gerente de vendas da concessionária Nova Chevrolet.

No início deste mês, antes das férias de fim de ano da indústria, o estoque do setor era de 439 mil unidades, ou 41 dias de vendas.

O analista de sistemas Alan Franco, 34, foi um dos que decidiram correr às lojas antes da alta. "O carro que procuro deve ficar cerca de R$ 1.000 mais caro em 2014", calcula.

Para o educador financeiro Ricardo Pereira, antecipar a aquisição do veículo para aproveitar o IPI menor só vale a pena se o consumidor já estiver planejando a compra.

"Como o percentual de aumento é relativamente pequeno, não compensa se endividar além do esperado para aproveitar esse momento."

Os custos envolvidos na transação também devem ser considerados. "Se o dono correr para comprar o novo, mas não conseguir se livrar do usado, acabará tendo de pagar o IPVA dos dois carros no início do ano."


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