Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Dólar abre ano em alta e vai a R$ 2,393

Em dia de poucos negócios, cotação foi a maior desde o final de agosto do ano passado; BC intervém menos no mercado de câmbio

Menor oferta de dólares pela autoridade monetária tende a empurrar preços da moeda para cima

CAROLINA MATOS DANIELLE BRANT DE SÃO PAULO

O dólar terminou o primeiro dia de negócios de 2014 no maior preço em mais de quatro meses, em uma sessão de baixo movimento financeiro.

A quinta-feira também foi marcada pelo início do programa do Banco Central de intervenções reduzidas no mercado de câmbio para conter a alta da moeda americana.

O dólar à vista, referência no mercado, fechou em alta de 1,31%, a R$ 2,393, o maior valor desde 27 de agosto. E o dólar comercial, usado no comércio exterior, subiu 1,44%, a R$ 2,391, a maior cotação desde 22 de agosto.

A moeda à vista chegou a bater R$ 2,40 ao longo do dia, mas perdeu força. O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, caiu 2,26%, aos 50.341 pontos, com um volume cerca de 25% menor que a média diária do ano passado, que ficou em R$ 7,4 bilhões.

DISTORÇÃO

Para analistas ouvidos pela reportagem, em razão do volume de negócios abaixo do norma, a alta do dólar ontem não pode ser atribuída diretamente à medida do BC, já programada, de interferir menos no mercado de câmbio.

"Esses dois dias [ontem e hoje] são atípicos, pois estão entre o feriado de Ano-Novo e o fim de semana. Muitos investidores ainda estão viajando", afirma Fernando Bergallo, diretor de câmbio da TOV Corretora.

"Assim, uma operação pontual, como uma importação, que não causaria efeitos em um dia comum, tem um reflexo distorcido em um dia de poucos negócios", acrescenta o especialista.

Ontem, o BC passou a oferecer menos contratos de "swap cambial" --que equivalem a uma venda futura de dólares e ajudam a conter o aumento do preço da moeda americana.

Essa redução já havia sido anunciada em 18 de dezembro, como reflexo da decisão do BC dos Estados Unidos de diminuir os estímulos econômicos naquele país.

NO PREÇO

Ainda de acordo com analistas, o novo modelo de atuação do Banco Central brasileiro no mercado de câmbio já tem sido embutido nos preços da moeda americana desde a data do anúncio da medida, e novos impactos poderão ser avaliados de forma mais consistente a partir dos próximos dias.

Para Victor Hugo Galhardo, operador de câmbio da Treviso Corretora, o dólar tem fôlego para superar R$ 2,40.

Galhardo destaca como forças de pressão de alta sobre a cotação da moeda americana tanto a diminuição dos estímulos econômicos nos Estados Unidos --que reduz o volume de dólares disponíveis naquele país para investimentos em outros mercados, como o brasileiro-- quanto a redução dos leilões feitos pelo BC do Brasil no mercado de câmbio.

Isso porque a oferta de menos contratos de "swap cambial" resulta em menos dólares disponíveis no mercado de câmbio, o que tende a empurrar os preços para cima.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página