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Incêndio no RJ afeta refinaria da Petrobras

Reduc responde por 10% do refino no país

DENISE LUNA DO RIO

Um incêndio na noite de sábado na Refinaria Duque de Caxias (Reduc), da Petrobras, interrompeu parte da produção da unidade, uma das maiores da estatal no país, e pode afetar a produção de combustíveis.

Não houve feridos.

Foi o sexto acidente nos últimos dois meses em refinarias da empresa, que vem operando perto da capacidade máxima (em 99%) para reduzir a necessidade de importação de derivados.

A alta na importação é o principal motivo para a redução do lucro da companhia e sua perda de valor de mercado. Foi ainda determinante para a balança comercial brasileira registrar seu pior desempenho em 13 anos.

FOGO

A Reduc é a refinaria mais completa da Petrobras, com 50 produtos, como gasolina, lubrificantes, óleo diesel e gás de cozinha, e capacidade diária de 240 mil barris, mais de 10% do refino do país.

O fogo ocorreu na chamada unidade de coque, um subproduto do petróleo similar a uma pedra de carvão, utilizado principalmente por indústrias de alumínio, siderúrgicas, ferroliga e cimento.

Na produção do coque, são retirados gasolina, GLP (gás de cozinha) e óleo diesel. Por isso, o incêndio deve afetar a produção desses derivados.

A estimativa do sindicato é que a Petrobras perca R$ 500 mil por dia com a parada. A empresa não se pronunciou sobre o efeito do incêndio no abastecimento e disse que uma comissão irá investigar a causa do acidente.

A TODO VAPOR

Segundo o Sindicato dos Petroleiros de Duque de Caxias (Baixada fluminense), a Petrobras não vem investindo em manutenção e, recentemente, houve ordem na Reduc para que a carga de coque fosse aumentada em 20%, o que estaria além do projeto da unidade.

A estatal não confirma a decisão de elevar a produção.

Outros sindicatos de petroleiros dizem que a estatal não realiza as manutenções no tempo necessário, para não ter de reduzir o refino.

Nas últimas duas semanas, sofreram acidentes (também sem mortes) as refinarias de Amazonas, Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia.

Hoje, a FUP (Federação Única do Petroleiros) se reúne para discutir os acidentes da Petrobras, segundo o diretor da FUP e representante dos empregados no Conselho de Administração da estatal, José Maria Rangel.


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