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Na Argentina, 'dólar Messi' bate recorde e beneficia brasileiros

Paralelo vai a 10,90 pesos, 65% acima do oficial; turistas recorrem a câmbio clandestino

LÍGIA MESQUITA DE BUENOS AIRES

A cotação do dólar paralelo na Argentina chegou ontem a 10,90 pesos, 65% acima do câmbio oficial, de 6,61 pesos. É a mais alta cotação desde junho de 2011, quando o governo argentino iniciou medidas para restringir a compra de dólar.

A esse valor, a moeda é chamada no país de "dólar Messi", não só por causa do número da camisa do craque do Barcelona mas também por ser difícil de conter.

O dólar paralelo é negociado por pontos clandestinos, as chamadas "cuevas" ou "arbolitos". A Folha conversou com três donos de "cuevas", que pediram para não ser identificados. Segundo eles, as férias fazem aumentar a procura pela moeda, o que eleva seu preço.

No início de dezembro, o governo Kirchner aumentou de 20% para 35% a alíquota do imposto para transações financeiras de pessoas físicas no exterior, passagens e pacotes de viagem.

Além disso, há um limite para a compra da moeda, e os argentinos precisam comprovar renda e viagem internacional marcada.

"A incerteza sobre a política econômica do país também gera uma disparada", afirma o economista Dante Sica, da consultoria Abeceb.

A alta do dólar paralelo beneficia turistas brasileiros, que chegam às "cuevas" por indicação de amigos, hotéis ou vendedores de lojas.

"Tenho atendido mais brasileiros nos últimos meses. Mas só abro a porta para quem tem indicação, temos medo", contou um doleiro do centro portenho.


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