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Aplicação na poupança supera resgate em valor recorde em 2013
Captação líquida ficou R$ 71 bi, mas vantagem de fundo cresceu
As aplicações na caderneta de poupança superaram os resgates em R$ 71,048 bilhões em 2013, valor mais alto desde o início da medição do Banco Central, em 1995.
Só em dezembro, a chamada captação líquida foi de R$ 11,202 bilhões, também recorde para o mês. No ano passado, o saldo da caderneta ficou em R$ 597,9 bilhões.
O bom resultado da aplicação mais tradicional do país ocorreu em meio a um ciclo de aumento do juro básico (a taxa Selic) para o controle da inflação. A taxa subiu 2,75 pontos percentuais em 2013, para 10% ao ano.
Com o juro básico acima de 8,5% ao ano, o rendimento da poupança para depósitos feitos a partir de 4 de maio de 2012 aumentou.
Isso porque, pelas regras da caderneta, esses depósitos rendem o equivalente a 70% do juro básico do país (a Selic) mais TR (Taxa Referencial) sempre que o juro for igual a 8,5% ao ano ou menor. E 6,17% ao ano mais TR sempre que a Selic for maior que esse valor.
Já os depósitos feitos antes dessa data sempre rendem 6,17% ao ano mais TR.
Com o juro básico em 10% ao ano, porém, o rendimento médio dos fundos de renda fixa com taxa de administração de até 1% ao ano passou a ser maior que o da poupança, independentemente do prazo de resgate.
E os fundos com taxa de 1,5% ao ano, mais acessíveis que os primeiros ao pequeno investidor, também ganham da caderneta para resgate a partir de seis meses, segundo levantamento da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade).
Só perdem sempre da poupança no cenário em questão os fundos de renda fixa com taxa de administração a partir de 2,5% ao ano.
Compare o desempenho da poupança com o de fundos de renda fixa