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Dólar encosta em R$ 2,40 e atinge maior valor desde agosto

Bolsa tem a maior queda desde setembro, de 2,5%; cenários interno e externo preocupam

ANDERSON FIGO DE SÃO PAULO

Preocupações com a economia brasileira e o cenário externo mais uma vez empurraram o dólar para cima e a Bolsa para baixo.

A moeda americana à vista, referência no mercado financeiro, terminou o dia ontem no maior preço desde 22 de agosto de 2013: R$ 2,395, com valorização de 0,25%. E o dólar comercial, usado no comércio exterior, subiu 0,29%, para R$ 2,397, a maior cotação desde a mesma data.

Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa, fechou em queda de 2,50% --a maior desde 30 de setembro de 2013.

Analistas dizem que todos os indícios apontam para a continuidade da alta do dólar em relação ao real neste ano.

Entre os fatores que pesam no mercado, estão o fato de o país ter tido, em 2013, a maior saída de dólares desde 2002 --de US$ 12,26 bilhões-- e as preocupações de investidores com a possível redução da nota do Brasil por agências de classificação de risco.

"E ainda a elevação do IOF [Imposto sobre Operações Financeiras, decidida no fim de 2013] pelo governo para gastos no exterior em cartões pré-pagos e de débito pode não conseguir frear as despesas em dólar dos brasileiros", diz Reginaldo Siaca, superintendente de câmbio da Advanced Corretora.

"Essa perspectiva também impulsiona as cotações."

Ainda na avaliação de Siaca, o mercado não tem motivos para enxergar uma melhora na economia brasileira neste ano.

"Com Carnaval, Copa do Mundo e eleição, o crescimento econômico já está comprometido", afirma.

Para Raphael Figueredo, analista da Clear Corretora, "o que piora o quadro neste início de ano é que ninguém do governo pode vir a público para colocar panos quentes' na situação, como foi feito em 2013 inteiro, porque o governo está em recesso."

A alta do dólar ontem ocorreu apesar da atuação programada do Banco Central brasileiro, que colocou US$ 199,2 milhões no mercado.

EUA

Também contribuiu para a fuga de investidores de aplicações de risco, como em países emergentes, o temor de que os dados de emprego nos EUA, que serão divulgados hoje, mostrem força do mercado de trabalho e colaborem para que o BC americano acelere o ritmo de retirada dos estímulo econômico no país.

Isso enxugaria mais o volume de recursos disponíveis para investimento em outros mercados, como o Brasil.


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