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Mercado aberto
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Complexo comercial é instalado perto de portos
Focada nas empresas de comércio exterior que operam nos portos de Itajaí e de Navegantes (ambos em Santa Catarina), a incorporadora Procave investirá R$ 130 milhões na construção de um complexo comercial com hotel e salas para escritórios.
O empreendimento será instalado em Itajaí (102 quilômetros ao norte de Florianópolis) e começará a ser construído no segundo semestre deste ano.
Com o projeto, a empresa de condomínios residenciais entrará nos segmentos comercial e hoteleiro.
"Nossa maior atuação continuará na área de edifícios residenciais de luxo, mas temos outros terrenos em Itajaí [com perfil comercial] que deveremos explorar", diz o fundador da companhia, Nivaldo Pinheiro.
"Pretendemos lançar nosso segundo empreendimento corporativo em 2016", acrescenta o empresário.
A penetração no novo segmento é decorrente do desenvolvimento comercial e industrial da região, de acordo com Pinheiro.
O primeiro complexo corporativo da empresa terá um hotel da bandeira Mercure (do grupo Accor) com 180 apartamentos.
"Itajaí quase não tem hotéis de alto padrão. As pessoas que vêm à cidade recorrem aos de Balneário Camboriú", afirma.
Cerca de 70% dos quartos do empreendimento serão comercializados. O restante ficará com a Procave, que prevê que as obras sejam concluídas em três anos.
O edifício de escritórios levará um ano a mais para ser entregue. Serão 16 andares com até 132 escritórios, além de seis pavimentos para lajes corporativas. Também haverá espaço para um pequeno centro de compras.
Fusões e aquisições batem recorde em 2013
Com 810 negócios, o Brasil registrou seu recorde no número de fusões e aquisições de empresas no ano passado, segundo levantamento recém-concluído pela consultoria PwC.
A máxima anterior havia sido atingida em 2010 (798).
As transações que tiveram seu valor divulgado --aproximadamente 36% do total-- somaram US$ 86,6 bilhões.
"O número mostra que, apesar de o Brasil não ter entregue o crescimento e o desenvolvimento que se esperava, o investidor ainda enxerga grande potencial no país", afirma Alexandre Pierantoni, sócio da empresa.
A pesquisa também aponta que a participação dos investidores estrangeiros nos negócios subiu, de 41%, em 2012, para 44% em 2013. A tendência deve seguir nos próximos anos, de acordo com o economista.
"Na comparação com outros países, especialmente com os Estados Unidos, o Brasil ainda tem uma atratividade maior", diz.
Para 2014, Pierantoni projeta que o mercado de fusões continue no patamar dos últimos anos, fruto principalmente do pacote de concessões do governo.
"A concessão de um aeroporto alimenta toda uma cadeia de serviços periférica, como a de alimentação. Setores de consumo e de serviços continuarão crescendo."
PARA O EXTERIOR E PARA O INTERIOR
Após fechar lojas no exterior devido à crise iniciada em 2008, o grupo Ornatus, dono de redes de franquias de restaurantes e de acessórios femininos, retoma seu projeto de expansão internacional neste ano.
Entre cinco e dez lojas próprias da marca de bijuterias Morana deverão ser abertas em Portugal, nos Estados Unidos e na Espanha.
"Já tivemos unidades em Bogatá e Nova York. Em Portugal, chegamos a ficar com seis. Vamos voltar agora. Parece que o pior já passou. Os indicadores econômicos estão melhorando", diz Jae Ho Lee, presidente do grupo.
Hoje, o grupo tem dois pontos em Portugal e um nos EUA, em Los Angeles.
"Só depois de termos dez lojas, analisaremos se a marca será franqueada internacionalmente. A unidade própria dá agilidade para fazer trocas no modelo de negócios", acrescenta.
Para o Brasil, a companhia planeja a abertura de 90 franquias até dezembro --70 de acessórios e 20 de restaurantes.
A ampliação inclui um projeto de interiorização, no qual cidades com 50 mil habitantes poderão ter lojas.
COMPRA DE VACINA
O Ministério da Saúde vai comprar 15 milhões de doses da vacina contra o HPV neste ano. O investimento, de R$ 465 milhões, será anunciado hoje pela pasta.
O insumo passará a ser distribuído no SUS em março, após parceria para o desenvolvimento produtivo firmada entre o Instituto Butantan e a MSD.
O acordo possibilitou uma economia de R$ 78 milhões na compra da vacina, de acordo com o ministério.
O governo pagará cerca de R$ 30 por dose, o menor preço já praticado no mercado, ainda segundo a pasta.
Neste ano, 4 milhões de meninas receberão a imunização, que protege contra o câncer do colo de útero.
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