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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br

Argentina não deve pressionar preço do tomate

O tomate entrou em cena mais cedo neste ano. Desta vez, por causa da intenção do governo da Argentina de facilitar a compra do produto brasileiro.

Os preços sobem no país vizinho devido a problemas climáticos, e o governo quer diminuir a pressão sobre a inflação, liberando a importação deste e de outros produtos da cesta básica argentina.

O tomate teve muita evidência no ano passado no Brasil devido à forte aceleração de preço nos primeiros meses do ano. Redução de área de 16% na safra de verão e excesso de chuva provocaram queda na oferta interna.

A consequência foi que o consumidor paulistano pagou 85% mais pelo produto nos quatro primeiros meses do ano, segundo a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas). Nos quatro seguintes, o preço despencou.

"O cenário deste ano será diferente do de 2013", afirma Renata Pozelli, analista de mercado do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).

"O preço recorde não deverá se repetir." A alta do ano passado incentivou os produtores, que aumentaram em 5% a área de plantio nesta safra de verão. Isso mais o clima favorável, por ora, melhoram a oferta, segundo ela.

Flávio Godas, economista da Ceagesp, também crê que os preços recordes de 2013 não deverão se repetir neste ano.

A oferta de produto é boa, e o tomate que chega ao entreposto tem qualidade. "Temperatura e chuva ainda vão interferir no mercado, mas com menor intensidade do que em 2013", diz.

Pozelli e Godas acreditam que a presença argentina não vá ter peso no mercado brasileiro. "Eles sempre compram. O caminhão vem com produtos deles e leva os nossos", afirma Godas.

A Ceagesp movimentou 175 mil toneladas de tomate de janeiro a novembro últimos. Os argentinos importaram 1.236 toneladas do Brasil nesse período.

Pozelli acredita que uma maior presença dos argentinos, se ocorrer, não deverá ter grande influência também nos preços, que ainda estão baixos porque houve um atraso no plantio da safra de verão. A colheita também atrasou e há uma concentração de oferta agora, segundo ela.

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Mais grãos A Conab (Companhia nacional de Abastecimento) prevê uma safra de grãos de 197 milhões de toneladas. Se confirmado, esse volume superará os 187 milhões registrados em 2012/13.

Destaques A produção de soja poderá atingir 90,3 milhões de toneladas, 11% mais do que a anterior. Já a safra de milho, após ter atingido 81 milhões de toneladas em 2012/13, deverá recuar para 79 milhões neste ano.

Produtividade O aumento de produção ocorre, em parte, devido ao ganho de produtividade, uma vez que o aumento de área será de 4%, segundo a Conab.

Café A produção poderá cair neste ano em relação à ocorrida no anterior. Dados de ontem da Conab indicam uma safra de 46,53 milhões a 50,15 milhões de sacas.

Na média Se a produção ficar em 48,34 milhões de sacas, a média das duas estimativas, haverá uma redução de 1,65% em relação ao volume produzido na safra anterior.

Algodão O plantio avança em ritmo rápido em Mato Grosso, devido às chu- vas, mesmo que de forma irregular, que ocorrem na região, de acordo com Marco Antonio dos Santos, da Somar Meteorologia.

Forte queda O milho foi negociado a US$ 4,12 por bushel (25,4 quilos) ontem em Chicago, o menor preço em três anos. Estoques nos EUA e produção no Brasil colaboram para a queda na cotação.

Lá fora Mina de minério na Austrália; preço dos metais encerrou o dia em queda em Londres, com liderança do chumbo, que recuou 1,6%

DE OLHO NO PREÇO

Cotações

Nova York

Açúcar

(cent. de US$)*15,48

Café

(cent. de US$)*119,35

Mercado interno

Boi

(R$ por arroba)114,00

Suíno

(R$ por arroba)79,20

*por libra-peso


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