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Maior feira mundial de varejo é 'dominada' por brasileiros

Um quarto dos empresários estrangeiros no evento em NY é do país

ISABEL FLECK DE NOVA YORK

A maior feira do mercado varejista do mundo, organizada anualmente em Nova York pela Federação Nacional do Varejo americana (NRF, em inglês), já se rendeu aos brasileiros.

O país enviou, neste ano, 1.621 empresários --o maior grupo de fora dos Estados Unidos e o equivalente a um quarto dos 6.700 participantes estrangeiros.

A forte presença já mudou a dinâmica dentro e fora dos estandes, com expositores e a organização da feira se readaptando diante da grande demanda por atendimento em português.

"Os brasileiros estão procurando ideias, conceitos que não estão disponíveis no seu país", diz o americano Bradley Corrion, arquiteto de produtos da Intel, em português com sotaque carregado e broche com a bandeira do Brasil na camisa.

Corrion, que é o responsável por receber qualquer empresário brasileiro que chega ao enorme estande da marca, ainda se surpreende com as grandes delegações.

"Os americanos vêm com suas empresas, mas os brasileiros chegam em grupos de 150, 200 pessoas."

No estande da Motorola, são cinco os atendentes em português neste ano. "Há uma diferença enorme, porque os empresários prestam muito mais atenção nas soluções apresentadas quando elas são mostradas em português", afirma Renata Ronco, gerente de marketing da Motorola no Brasil.

Soluções de varejo no Brasil, contudo, também têm interessado os americanos.

Uma das mesas de abertura teve, entre os palestrantes, os brasileiros Claudio Bobrow, cofundador da Puket, e Caito Maia, fundador e presidente da Chilli Beans.

As empresas não divulgam estimativas de quanto esse interesse brasileiro se transforma em negócios.

PERFIL

Corrion, da Intel, contudo, diz ter percebido uma mudança no perfil do empresário brasileiro, que agora tem maior possibilidade de adquirir os produtos expostos na feira, que termina hoje.

"Em 2013, vi muitos brasileiros frustrados por gostarem do produto, mas não terem como importá-lo, não terem parceiros para apoiar. Neste ano, cresceu a rede de apoio ao varejo, e todo mundo já fala: Tem solução'."

Para a gerente de marketing da Motorola, a proximidade de grandes eventos como a Copa do Mundo e a Olimpíada do Rio deve acelerar o ritmo de adoção de novas soluções para o varejo.

"O tempo que o empresário leva para implementar a solução geralmente demora um pouco mais no Brasil. Mas isso está mudando, o processo está se acelerando porque há um maior esforço do empresário em renovar o seu negócio neste momento."


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