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Número de recalls cresce 62% no ano passado e bate recorde

Setor de automotores respondeu por mais da metade das campanhas

INGRID FAGUNDEZ DE SÃO PAULO

O número de recalls no Brasil cresceu 62% no ano passado e alcançou número recorde. Em 2013, foram feitas 109 campanhas, ante 67 no ano anterior.

Os dados foram divulgados ontem pela Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor), do Ministério da Justiça.

Em relação a 2003, quando o levantamento teve início, o aumento foi de 230%.

O setor de automotores foi o que mais fez campanhas de recall em 2013, com 61 chamados, 55,9% do total.

O presidente da Anfavea (associação das montadoras), Luiz Moan, considera que "a realização do recall é positiva e reflete a atitude madura dos fabricantes de veículos". "A indústria automobilística é pioneira na realização de campanhas de chamamento no mundo e no Brasil", diz.

MOTIVOS

Para Juliana Pereira, chefe da Senacon, o recorde foi motivado pela ação integrada dos órgãos de defesa do consumidor, o que ampliou o monitoramento das empresas.

Pereira cita também a mudança no comportamento do brasileiro, que está mais atento às falhas dos produtos, principalmente pela troca de informações na internet.

"À medida que o problema se torna um fato público, a ausência de resposta da empresa é mais prejudicial à sua imagem do que a realização de um recall", afirma.

Mesmo que muitos consumidores dividam os problemas na rede, poucos atendem aos comunicados, segundo Andréa Benedetto, assessora técnica do Procon-SP.

De acordo com ela, os principais motivos para o baixo nível de comparecimento são o tempo de aquisição do produto, a falta de atenção aos chamados e o desconhecimento do processo de recall.

"Quanto mais velho um carro é, menor a chance de o proprietário ir. Isso porque o veículo pode ter passado por vários donos", exemplifica.

Mesmo com a pequena taxa de participação, Pereira diz que a quantidade de campanhas deve crescer nos próximos anos. "O número ainda é muito pequeno se comparado ao de outros países, como os EUA. As empresas estão amadurecendo."


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