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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br

Crédito para armazém tem demanda de R$ 1,3 bi

Os produtores brasileiros começam a se movimentar para diminuir o deficit de armazenagem de grãos --problema que contribuiu para o caos logístico da última safra.

Segundo Osmar Dias, vice-presidente de Agronegócios do Banco do Brasil, a demanda pela linha de crédito destinada à construção e à ampliação de armazéns --inserida no Plano Safra-- vai bem.

Entre 1º de julho de 2013 (início do Plano Safra) e 31 de dezembro de 2013, o BB recebeu propostas para o desenvolvimento de projetos que demandam R$ 1,3 bilhão em crédito, segundo Dias.

A meta da instituição, no primeiro ano da linha, é emprestar cerca de R$ 2 bilhões. "No primeiro semestre, já chegamos a R$ 1,3 bilhão", diz o vice-presidente do BB.

Considerando que o custo de construção é de R$ 400 por tonelada, segundo estimativas de mercado, as propostas levadas ao BB seriam suficientes para guardar cerca de 3,3 milhões de toneladas.

Na safra 2014/15, no entanto, o deficit de armazenagem no país pode ultrapassar 50 milhões de toneladas. O Brasil deve colher 200 milhões de toneladas de grãos, mas, segundo dados da Conab, existe capacidade para estocar 145 milhões de toneladas.

Criado no ano passado, o programa para construção e ampliação de armazéns (PCA) prevê a liberação de R$ 4 bilhões em cinco anos, a uma taxa de juros de 3,5% anuais.

Para ter acesso a esse crédito, o tomador precisa apresentar um projeto para a construção do armazém, com licença ambiental, capacidade de armazenagem e especificações da obra civil.

Por isso, afirma Dias, foi preciso um "tempo de maturação" entre o anúncio dessa linha de crédito e o início da liberação dos recursos.

A maior demanda está sendo apresentada pelas cooperativas e, entre as regiões produtoras, o destaque está com o Sul. A expectativa, no entanto, é que o Centro-Oeste assuma a dianteira na demanda pelo crédito, devido ao grande porte dos produtores da região, afirma Dias.

Apesar de a liberação dos recursos já ter começado, a maioria dos armazéns com recursos desse programa deve ficar pronta apenas para a estocagem de grãos da próxima safra. Dependendo do porte, um armazém demora de seis meses a dois anos para ficar pronto.

Começo O novo programa para a construção de armazéns (PCA) financiou cerca de 20% das encomendas de silos e armazéns apresentadas à fabricante Kepler Weber no segundo semestre de 2013, diz Olivier Colas, vice-presidente da empresa.

Em crescimento A partir de novembro, no entanto, a linha começou a ganhar força, acrescenta Colas. Para ele, o aumento da taxa de juros da linha Finame/PSI do BNDES --que até então financiava sozinha a compra desses equipamentos-- deve alavancar o novo programa.

Contexto O aumento do crédito para a armazenagem eleva a demanda por silos e armazéns. Mas, segundo o executivo, o mercado já vinha crescendo antes mesmo do anúncio da nova linha, no final de junho.

Números No terceiro trimestre de 2013, a demanda foi de 60% a 80% maior que no mesmo período do ano anterior. No trimestre seguinte, manteve o ritmo, diz Colas.

Queda O açúcar atingiu ontem o menor valor em mais de três anos na Bolsa de Nova York. O primeiro contrato fechou a 15,23 centavos de dólar por libra-peso --menor cotação desde maio de 2010.

Mais pressão As preocupações sobre excesso de oferta de açúcar ganham força com a expectativa de que a Índia adote subsídios para aumentar suas exportações.

DE OLHO NO PREÇO

COTAÇÕES

Mercado interno
Café
(R$ por saca)287,00

Arroz
(R$ por saca)36,49

Chicago
Soja
(US$ por bushel)13,18

Milho
(US$ por bushel)4,26


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