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Sem segredo para investir

Omitir gastos com amante ou vícios pode prejudicar trabalho do consultor financeiro

Informações são confidenciais, afirmam os profissionais; é possível fazer queixa contra quebra de sigilo

DANIELLE BRANT DE SÃO PAULO

Amante, filhos fora do casamento, tratamento de doença grave, vício em jogo.

Gastos desse tipo, em geral escondidos de parentes e amigos, precisam ser revelados em detalhes ao consultor financeiro para um planejamento bem-sucedido.

Se mantidas em segredo do profissional contratado para gerenciar os investimentos, essas despesas podem colocar todo o resultado a perder.

"Gastos assim comprometem boa parte da renda do cliente e, se não estamos a par, podemos tomar decisões que podem não ser as mais acertadas", diz Natan Finger, da consultoria Private Pay.

Se alguém tem despesas regulares com amantes, por exemplo, é preciso ter aplicação em investimentos de baixo risco e fácil resgate, como a poupança ou um fundo DI.

Mas não costuma ser fácil convencer o cliente a ser totalmente franco, diz o educador financeiro Mauro Calil.

"As pessoas se sentem envergonhadas de contar. Já vi casos de ajuda a parentes distantes e também a dependentes de drogas. Esses gastos precisam ser relatados", diz.

Os quadros ao lado trazem as dez situações que costumam ser ocultadas com mais frequência pelo investidor.

Rogério Bastos, diretor do IBCPF (Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros), diz que o sigilo profissional é parte do trabalho. "A conversa é 100% privada." Se houver quebra de confiança, afirma, é possível acionar o conselho de ética do IBCPF e fazer queixa contra o planejador, por meio do site www.ibcpf.org.br.

"Após um primeiro contato com o profissional, o cliente costuma ficar mais à vontade. O que não funciona é contratar o serviço e passar dados incorretos", diz.


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