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Excesso de confiança é o maior erro de investidores

Problema é manter aplicação mesmo com evidências de fracasso

Deixar de revisar investimentos também é falha comum de quem aplica sozinho, afirmam consultores

DANIELLE BRANT DE SÃO PAULO

O excesso de confiança é o erro número um dos investidores que aplicam por conta própria, sem orientação financeira, dizem consultores.

O "pecado" consiste em acreditar que, no futuro, a aplicação dará o retorno esperado mesmo quando há sinais evidentes de que isso não deve acontecer --como ocorreu recentemente com as ações da petroleira OGX, do empresário Eike Batista.

Isso ocorre, afirmam os especialistas, tanto entre investidores que estão começando a aplicar em Bolsa quanto entre aqueles que participam do mercado há anos.

"O investidor não pode deixar que o ego seja maior que a realidade. Quando se trata de dinheiro, as pessoas têm dificuldade em perceber que erraram", diz o analista técnico Didi Aguiar.

"Isso faz com que fechem os olhos e continuem em um caminho fracassado."

O recomendado é sempre corrigir a trajetória do investimento enquanto há tempo --ou seja, enquanto a empresa ainda apresenta perspectivas de recuperação respaldadas por analistas que a acompanham, no caso das ações. Em relação aos fundos, vale lembrar que a renda fixa, embora passível de perdas no curto prazo, tende a ter ganhos no longo prazo.

Buscar informações mais aprofundadas sobre o investimento escolhido é uma das dicas. "Não desistir é fundamental. Só perde quem desiste", diz Aguiar.

A orientação vale especificamente para quem se assusta com a perda de rentabilidade de um papel ou de uma aplicação devido a uma instabilidade momentânea do mercado. Enquanto o investidor mantiver aquela ação, não terá perdas, pois há a possibilidade de que o preço se recupere no futuro. Ao vender na baixa, porém, concretizará o prejuízo.

PERFIL

Para evitar esse tipo de situação, os consultores recomendam conhecer bem o seu perfil de investimento.

"Muitos optam por um produto com mais risco do que suportam. Querem entrar na Bolsa porque ouvem dizer que dá muito dinheiro. Aí perdem R$ 500 e vão chorar a vida inteira pelo dinheiro perdido. A pessoa só percebe que não tem tolerância a risco quando passa por isso", diz o planejador financeiro Luiz Krempel, do GuiaBolso.

Outra orientação: cuidado com promessas de ganhos rápidos. "Muitos acham que um consultor financeiro vai conseguir rentabilidade mágica dos investimentos. Não existe rentabilidade milagrosa", afirma o educador financeiro Mauro Calil.

Também é importante revisar, a cada quatro ou seis meses, a aplicação escolhida.

"Esse prazo é importante para o investidor se infor- mar sobre as mudanças que regem a economia, como no juro básico [taxa Selic]", afirma Calil.

Isso evita surpresas no futuro, como perceber que a previdência privada não vai garantir a aposentadoria confortável esperada.

Essa reavaliação também deve ser feita quando houver mudanças materiais na vi- da do investidor, como um divórcio, um casamento ou o nascimento de um filho.


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